Dados do Departamento Estadual de Trânsito do Acre (Detran/AC) revelam que em 2020 houve uma redução de 20,20% no total de acidentes de trânsito em todo o estado. Enquanto em 2019 foram 4.692 acidentes, de janeiro a dezembro de 2020 aconteceram 3.744 acidentes de trânsito nas vias estaduais do Acre.
A queda no número total de acidentes de trânsito é reflexo de uma série de ações implementadas pelo governo do Acre, como as campanhas educativas, intensificação da fiscalização e as medidas de engenharia de tráfego.
“O conjunto desses fatores tem contribuído para a segurança dos pedestres, motociclistas e condutores, diminuindo a ocorrência de acidentes. Ainda é preciso que cada um de nós tenha consciência da responsabilidade de proteger vidas, evitando acidentes que possam causar mortes e sequelas graves às pessoas”, enfatiza a presidente do Detran/AC, Taynara Martins.
O número de acidentes de trânsito em 2020, em que não houve mortos e feridos, reduziu-se em 26,25% quando comparado ao ano de 2019, assim como os acidentes de trânsito com feridos, reduzido em 9,82%. A quantidade de acidentes em que pessoas foram a óbito também teve uma redução de 1,67%. Apesar da redução de todos os tipos de acidentes, a quantidade de mortos no trânsito subiu 3,33%.
O trânsito brasileiro é o quarto mais violento do continente americano, segundo dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Os impactos dos acidentes de trânsito não são individuais e não ficam restritos a transtornos na rotina e na mobilidade urbana. Além das vidas perdidas, os acidentes geram, anualmente, um custo de R$ 52,2 bilhões ao Brasil. Ou seja, os acidentes de trânsito são uma questão de saúde pública.
Esses valores são empregados em cuidados com saúde, indenizações, previdência ou morte e associados aos veículos. São recursos que deixaram de ser investidos nas melhorias das áreas da saúde, educação e saneamento básico, devido aos acidentes de trânsito, que poderiam ser evitados.
Vale lembrar que a redução no número de acidentes começa pela conscientização individual para transformar o coletivo. Motoristas, ciclistas, pedestres, motociclistas e passageiros precisam entender que quando o comportamento individual muda, o trânsito se torna mais humano e mais seguro para todos.