Acre é reconhecido mundialmente por estratégia de combate à malária

Estado representa o Brasil e concorre com Honduras e Nicarágua 

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Ações de combate à malária no Acre deram bons resultados e Estado está entre os finalistas de premiação internacional (Foto: Angela Peres/Secom)

Reconhecido internacionalmente pelo conjunto de estratégias que desenvolve no combate à malária no Vale do Juruá ao ficar entre os três finalistas do prêmio da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), o Acre irá  representar o Brasil nesta terça-feira, 8, em Washington (EUA), onde acontecerá a cerimônia que revelará o nome do projeto vencedor. O governador Tião Viana e a secretária de Estado de Saúde, Suely Melo, participam do evento, que lembra ainda o Dia da Malária nas Américas, comemorado em 6 de novembro.

O projeto sobre o Programa Estadual de Controle da Malária do Estado enviado em abril pelo Departamento de Vigilância em Saúde foi selecionado e concorre com o projeto “Wampusirpi na luta contra a malária – Manejo integral da malária no município de alto risco no Departamento de Gracias a Díos”, de Honduras, e com o programa “Vigilância Comunitária da Malária”, da Nicarágua.  

Em agosto, uma equipe de jornalistas da Opas esteve no Acre para produzir um vídeo-documentário que subsidiou os jurados com material de apoio gravado em Rio Branco, Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima e Rodrigues Alves. Esses três últimos são municípios mais afetados pela doença e que demandaram em 2006 medidas emergenciais para o combate à epidemia que se instalou na região do Vale do Juruá.  

No período, 12 mil casos de malária eram notificados por mês no Estado. Mais da metade deles ocorria nos municípios do Juruá. Atualmente são registrados no Acre 1,2 mil casos por mês, o que representa uma redução de 40% este ano em relação ao mesmo período de 2010. A gestão compartilhada com os municípios na aplicação da estratégia de combate à  doença, que coloca em risco em torno de 57% da população das Américas, contribui para a redução dos números.  

As ações integradas consistem na borrifação intradomiciliar, busca ativa de casos, diagnóstico precoce, tratamento oportuno, distribuição de mosquiteiros impregnados, organização do serviço e decisão política. “Não podemos dizer que só uma medida foi a responsável pela redução dos casos. A nossa vitória se dá por esses seis fatores integrados”, explica a gerente da Divisão de Vigilância em Saúde, Izanelda Magalhães.   

Durante o evento serão apresentados os vídeos produzidos nos três países finalistas e que será prestigiado por representantes dos corpos diplomáticos e especialistas em malária de todo o mundo.

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