O governo do Estado, por meio da Secretaria de Saúde Acre (Sesacre), recebeu do Ministério da Saúde (MS) um aporte de R$ 35 mil para a compra de testes rápidos de gravidez (TRG). O objetivo é fortalecer a atenção primária à saúde em todas as regiões do estado, inclusive nas mais remotas, e garantir o acesso ao diagnóstico de gravidez às mulheres acreanas.
O MS anunciou um total de R$ 6,3 milhões para aquisição dos kits de TRG em todo o país, beneficiando os 5.570 municípios e o Distrito Federal. Com o financiamento, municípios e estados terão um recurso adicional para disponibilizar esses testes essenciais nas unidades de saúde.
De acordo com Renata Reis, coordenadora-geral de Atenção à Saúde das Mulheres, do Ministério da Saúde, “o teste rápido de gravidez é necessário para que as pessoas tenham acesso a diversos serviços no Sistema Único de Saúde [SUS], como a inserção do DIU de cobre, além de permitir o início precoce do acompanhamento pré-natal”.
Além de contribuir para a saúde da mulher e o planejamento familiar, o programa também visa à inclusão das comunidades indígenas pelo Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SasiSUS). O cálculo do valor destinado a cada município foi realizado com base na estimativa de gestantes e no valor unitário dos testes.
Pedro Pascoal, secretário de Saúde, destacou que “o aporte vai ajudar a garantir que as mulheres de todas as regiões do Acre tenham acesso ao teste e a um atendimento qualificado e humanizado nas unidades de saúde”.
Para o coordenador da Rede Cegonha/Alyne, Walber Carvalho, “essa é uma medida fundamental para o planejamento familiar no estado e para a promoção de um atendimento integral, que considere as necessidades das mulheres de forma ampla e inclusiva. Com o diagnóstico de gravidez pelo teste rápido, será possível iniciar o pré-natal precocemente, ainda nas primeiras 12 semanas de gestação, garantindo mais segurança e qualidade no acompanhamento da saúde da gestante e do bebê”.
Planejamento reprodutivo e saúde integral
O programa que distribui os testes rápidos faz parte de uma política mais ampla de planejamento familiar, com acesso a métodos contraceptivos e a informações de saúde reprodutiva, além do envolvimento masculino no processo.