Acre recebe novo medicamento que facilita tratamento contra HIV

Um avanço significativo no tratamento contra o vírus da imunodeficiência humana (HIV) chega ao Sistema Único de Saúde (SUS), no Acre, com a incorporação do medicamento Dovato. A novidade consiste na combinação dos antirretrovirais dolutegravir e lamivudina, ambos já disponíveis no SUS, em um único comprimido diário.

Dovato, uma combinação dos antirretrovirais dolutegravir e lamivudina em um único comprimido, simplifica a terapia para pessoas que vivem com o HIV. Foto: reprodução/internet

O Estado do Acre recebeu cerca de 7.500 comprimidos na primeira remessa e já está realizando a distribuição aos pacientes no Serviço de Assistência Especializada (SAE).  Anteriormente, o tratamento do HIV envolvia combinações complexas de medicamentos de diversas classes, mas, com o Dovato, os pacientes agora têm a praticidade de ingerir uma dose única por dia.

De acordo com o Ministério da Saúde, a terapia de um comprimido será gradual e contínua, destinada a pacientes com 50 anos ou mais, adesão regular ao tratamento, carga viral inferior a 50 cópias/ml no último exame e que tenham iniciado a terapia dupla até 30 de novembro de 2023.

Secretário de Estado de Saúde, Pedro Pascoal. Foto: Odair Leal/Sesacre

“Essa incorporação do Dovato é uma conquista significativa para os pacientes com HIV no Acre. A simplificação do tratamento com um único comprimido diário representa um avanço importante, tornando a terapia mais acessível e eficaz”, destacou o secretário de Saúde, Pedro Pascoal.

Entre 2017 e 2021, o HIV causou a morte de mais de 59 mil pessoas no Brasil, tornando a chegada do Dovato uma esperança para melhorar a eficácia do tratamento e reduzir as estatísticas de óbitos relacionados à doença.

Jozadaque Beserra é chefe do Núcleo Estadual de ISTs da Sesacre. Foto: Neto Lucena/Secom

“O novo medicamento no SUS é uma vitória na luta contra o HIV. A terapia simplificada não apenas facilitará a adesão dos pacientes, mas também tem o potencial de transformar positivamente a qualidade de vida daqueles que vivem com o vírus”, ressaltou Jozadaque Beserra, Chefe do Núcleo Estadual de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) da Sesacre.

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