Acre promove encontro em memória aos 30 anos da morte de Chico Mendes

No próximo dia 22 de dezembro, faz 30 anos do assassinato do maior ambientalista da América Latina, o acreano Chico Mendes. Para relembrar a data e a importância de sua luta em defesa da Amazônia, será realizado o “Encontro Chico Mendes 30 anos: uma memória a honrar. Um legado a defender”.

O evento será realizado de 15 a 17 de dezembro, em Xapuri, cidade acreana onde nasceu, viveu e foi brutalmente assassinado o maior defensor dos povos da floresta do século 20. Pessoas de todas as partes do Brasil e do mundo são aguardadas.

Durante os três dias, os visitantes terão acesso a uma vasta programação, montada para relembrar quem foi o líder seringueiro e seu legado em defesa da preservação da floresta aliada ao desenvolvimento sustentável.

Logo na abertura, às 9 horas, será feita a leitura de um poema declamado por Lívia Mamede, bisneta do seringueiro. Parte da programação será na própria Casa de Chico Mendes, considerada patrimônio histórico nacional.

Ao longo do evento, haverá depoimentos das pessoas que conviveram e fizeram a luta com o ecologista, feira de produtos extrativistas e mesas de diálogo sobre os principais temas do legado de Chico Mendes, incluindo as cadeias de sociobiodiversidade, os territórios de uso coletivo e as reservas extrativistas.

A programação inclui ainda a inauguração da Exposição Chico Mendes Herói do Brasil, na sede do Sindicato dos Trabalhadores e das Trabalhadoras Rurais (STTR Xapuri), e uma romaria ao túmulo do ativista, além de uma tarde dedicada a ouvir as vozes das Mulheres da Floresta.

Chico Mendes é um mártir das causas ambientais (Foto: Arquivo Secom)

Prêmio Chico Mendes

Um dos pontos altos do encontro será a entrega pelo governador do Acre, Tião Viana, do Prêmio Chico Mendes a personalidades que contribuem com o desenvolvimento sustentável, bandeira defendida pelo mártir ambiental.

No encerramento, 30 jovens extrativistas farão a leitura coletiva da Carta de Xapuri, documento histórico que marcará o compromisso dos presentes, em especial da juventude da floresta, com a defesa dos ideais de Chico para os próximos 30 anos.

O encontro é organizado pelo Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS), entidade fundada por Chico Mendes e seus companheiros no ano de 1985 para defender os seringueiros, os indígenas e os povos da floresta.

A realização conta com a parceria de organizações históricas como o Comitê Chico Mendes, o Centro dos Trabalhadores da Amazônia (CTA), o Instituto de Estudos Amazônicos (IEA), o Memorial Chico Mendes, o governo do Acre e a prefeitura de Xapuri.

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