Governo acelera atividades na área de assistência técnica e incentivo à produção, cumprindo meta dos 120 dias
Em uma gestão firmada em parcerias e no construir juntos, a Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof) está cumprindo as metas propostas para os 120 dias iniciais do governo de Tião Viana. O choque de gestão proposto pelo governador tem refletido em ações em todos os setores da produção agrícola, beneficiando produtores de ponta a ponta do Estado.
No programa Sementes de Feijão, o primeiro município beneficiado foi Marechal Thaumaturgo, com a entrega de 10 toneladas de sementes de feijão, matéria-prima para plantar 200 hectares, cujo resultado representará um aumento de 17% de todo o feijão cultivado em 2010.
No fomento ao desenvolvimento da piscicultura já foram implantados 36 açudes, com amplitude de 16 hectares de lâmina d’água. Os primeiros contemplados foram produtores da Transacreana, Baixa Verde, Bujari, Assis Brasil e Cruzeiro do Sul. Após a cheia dos açudes, a estimativa é de que em dez meses os piscicultores retirem seis toneladas de peixe por hectare.
Para fazer parte do programa, os produtores precisam da documentação da propriedade em dia e no próprio nome. Assim como deverão estar aptos a fazerem financiamento para o custeio posterior e ainda inserido no programa de Certificação da Propriedade. Até o fim do ano a previsão é de construir cinco mil açudes, com 2.500 hectares de lâmina d’água.
“O objetivo é apoiar os produtores que nos ajudam a preservar o meio ambiente. Estamos dando alternativas àqueles que acreditam na sustentabilidade ambiental sem a utilização do fogo. Para participar do programa, basta procurar um técnico da Seaprof local, que irá avaliar a aptidão da área”, afirma Wallace Batista, coordenador da Cadeia Produtiva da Piscicultura.
Mais peixe – Quanto à sustentabilidade da piscicultura, as comunidades indígenas de Feijó, Tarauacá e Cruzeiro do Sul demonstram na prática a viabilidade e a lucratividade. No último dia 23 foram distribuídos mais 42 mil alevinos e 29 toneladas de ração, com recursos do BNDES em parceria com o Deracre, nas aldeias Kaxinawá e Shanenawa de Feijó. “A piscicultura vem mudando a realidade dos povos indígenas. Temos aldeias que saíram de uma situação de insegurança alimentar para se tornar a principal fornecedora de peixes de Tarauacá, como é o caso da Terra Indígena Colônia 27”, enfatiza Dinah Borges, da Divisão de Extensão Indígena.
Na Compra Antecipada, foi firmado convênio entre o Estado e o Governo Federal no valor de R$ 6 milhões. As regiões prioritárias são o Vale do Juruá, Alto Acre, Capixaba e áreas isoladas, totalizando 14 municípios e podendo se estender aos demais. O programa vai atender 1.344 produtores nos anos de 2011 e 2012. Os produtores interessados em fazer parte do programa deverão procurar os técnicos da Seaprof de sua região para preencher um cadastro. No ato da inscrição os produtores devem estar munidos de cópia do RG, CPF, Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), comprovante de endereço e comprovante de abertura de conta corrente.
Os alimentos adquiridos são doados a famílias carentes de todo o Estado, em Rio Branco, através da Secretaria de Desenvolvimento e Segurança Social (SEDSS), e nos municípios através dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS).
Floresta Plantada – Com apoio do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e da Secretaria de Florestas (SEF), o Programa de Florestas Plantadas já cultivou 600 hectares com mudas de seringueiras certificadas pelo Ministério da Agricultura. Hoje estão sendo contempladas 500 famílias dos municípios de Capixaba, Assis Brasil, Brasileia, Epitaciolândia e Xapuri. O objetivo é estabelecer um novo programa de heveicultura no Acre e suprir a demanda da fábrica de preservativos masculinos, a Natex, de Xapuri, que terá sua produção ampliada e diversificada com a produção de luvas cirúrgicas.
O programa também ajuda na recuperação do passivo ambiental e busca incluir as propriedades no projeto de Certificação da Propriedade e sequestro de carbono. Aliado ao plantio das seringueiras, orienta-se plantar entre as linhas culturas permanentes (frutíferas) e temporárias (arroz, feijão e milho), obtendo ganhos imediatos.
Mudas certificadas – O Governo Federal financia um hectare e o estadual, meio hectare. Os investimentos totalizam R$ 5 milhões e preveem o plantio de 2.400 hectares no período de dois anos. Os produtores interessados deverão procurar técnicos da Seaprof de sua região, que irão vistoriar a propriedade e emitir laudo sobre a aptidão ao programa. Os juros anuais variam entre 1% (Pronaf Floresta) e 7,3% (Pronaf para os grandes produtores).
{xtypo_quote}A carência de mudas está superada no Estado. Hoje contamos com cinco viveiros produzindo mudas certificadas e em larga escala. Já cultivamos mais de 500 mil mudas e estamos acelerando o ritmo.
Ademir Batista, chefe da Divisão de Remuneração Ambiental{/xtypo_quote}
{xtypo_quote}As ações planejadas para os primeiros 120 dias estão bem encaminhadas. Iremos concluir essa primeira etapa na íntegra.
Lourival Marques, secretário da SEAPROF{/xtypo_quote}