O produtor José Petelin Rodrigues realizou, na semana passada, a colheita fora de época de feijão. Foi plantado um saco de 50 quilos de semente e foram colhidos 80 sacos, totalizando quatro toneladas de feijão e isso é o resultado de apenas um hectare plantado.
Para o preparo da terra, o agricultor teve o apoio do programa Mais Alimento, desenvolvido pela Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção (Seaprof), que cedeu um trator para gradear a terra. “A ideia é continuidade, eu colhi o milho e plantei o feijão. E eu plantei fora de temporada, 20 de maio e eu arrisquei, porque qualquer coisa eu irrigava, mas nem precisou porque fomos abençoados com várias chuvas”, explica Petelin.
O rodízio de culturas é importante para o enriquecimento da terra, mas também para o produtor que tem produção durante todo o ano. Outro diferencial é que Petelin tem o maquinário para realizar a colheita. Assim, a única diferença foi o espaçamento entre as sementes, mas para a colheita o resultado é a agilidade e que nenhuma vagem de feijão é perdida.
Esse modelo de maquinário de colheitadeira está sendo adquirido pelo governo do Acre para fomentar a produção de amendoim no estado. “O governo do estado tem desenvolvido atividades significativas em apoio ao agricultor familiar. Para o estado alavancar economicamente, é preciso alimento na mesa e isso é fruto da agricultura. Para agricultura se desenvolver é preciso tecnologias, porque o mercado é competitivo, por todo esse apoio, o nível de produção do Acre cresceu muito nos últimos anos”, explica o engenheiro agrônomo da SEPN, Carlos Augusto Cardoso.
O feijão é uma leguminosa e o tipo plantado foi o rosinha, que tem os grãos pequenos, com casca delicada e é rico em fibras. Ele faz um bom caldo e cozinha com facilidade, por essa razão, o vizinho do Petelin, Cloaldo Santos – que está ajudando na colheita – afirma que em outros estados, o feijão rosinha é bem aceito e rentável.
Para conseguir sementes, o secretário de Pequenos Negócios José Carlos Reis apoiou o produtor. “Eu não estava achando sementes no mercado, então o Reis me ajudou a encontrar com outro produtor lá do Caquetá”, conta. Essa é a primeira safra de feijão rosinha da Estância Paulista, mas o produtor também está animado para plantar o amendoim e ser inserido na cadeia produtiva do estado.