Diante dos desafios climáticos cada vez mais frequentes e intensos em todo o planeta, a produção agrícola sustentável se apresenta como uma importante alternativa na redução da emissão de gases de efeito estufa. O assunto é tema da 2ª Reunião Nacional do Plano ABC + (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono), evento promovido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que conta com representantes do governo do Acre.
Os debates se iniciaram nesta quarta-feira, 15, e seguem até quinta, 16, em Brasília (DF). Práticas de recuperação de pastagens degradadas, terminação intensiva, sistemas de operação de crédito rural e florestas sustentáveis estão entre os principais assuntos discutidos no encontro.
“O momento é de refletir, olhar para o futuro e perguntar o que queremos construir daqui para frente. O país está revisando a Política Nacional de Mudança do Clima, e o Plano ABC + também precisará ser revisitado; temos que colocar a emergência climática como prioridade e não podemos mais aguardar o problema acontecer”, declarou Renata Miranda, secretária de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo do Mapa.
Edivan Azevedo, secretário adjunto de Agricultura do Acre, destacou as ações realizadas pelo Estado em prol da sustentabilidade no campo. “O governo já trabalha na elaboração de um plano estadual de agricultura de baixo carbono, que será composto por várias secretarias, instituições e setor privado. O Acre vive um momento de mudança da pecuária para a agricultura, por meio da integração lavoura, pecuária e floresta. Precisamos mapear tudo isso, para que possamos ser validados no Plano Nacional de Agricultura de Baixo Carbono”, argumentou.
Da mesma pasta, chefe da Divisão de Agricultura, Nilton Souza, falou sobre a necessidade de implantar políticas públicas que incentivem práticas agrícolas sustentáveis. “Diante do atual cenário que estamos vivendo, toda essa preocupação com as mudanças climáticas é bastante válida. É de suma importância mitigar ou compensar esses riscos no campo, com ações que possam trazer benefícios ao meio ambiente, a produção sustentável, a rastreabilidade, entre outros fatores “, afirmou.