A Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos divulgou dados referentes aos números ao ano de 2010
![Os irmãos Vanderly Ferreira da Silva e Juscelino Ferreira da Silva foram beneficiados pelo programa de transplantes de rim do Estado (Foto: Assessoria Sesacre) irmaos_transplantados____.jpg](http://www.agencia.ac.gov.br/wp-content/uploads/2011/05/fotos_00_00_00_00_maio_2011_thumbnails_thumb_irmaos_transplantados____.jpg)
Um levantamento realizado pela Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO) referente ao ano de 2010 apontou que o Estado do Acre ocupa décimo lugar no ranking entre os estados brasileiros que mais realizou transplantes de rins.
Em 2006, a antiga Fundação Hospitalar do Acre [agora Hospital das Clínicas], recebeu a habilitação junto ao Sistema Nacional de Transplantes Renais para a realização dessas cirurgias no Estado.
De acordo com dados obtidos pala ABTO, se compararmos o Acre com os outros dois únicos Estados da região norte que realizam transplantes obteremos os seguintes dados:
Estados – Região Norte | Doador Vivo | Doador Falecido |
Pará | 13 | 22 |
Acre | 10 | 02 |
Amazonas | 24 | 00 |
O Gráfico acima mostra que o Acre aparece atrás do estado do Pára e Amazonas como o Estado que mais realizou transplantes de rim em números absolutos no ano de 2010.
O médico que compõe a equipe de transplantes do Hospital das Clínicas (HC), doutor Thadeu Silva de Moura, explica os benefícios para o paciente ao realizar essa cirurgia.
“Todo paciente renal crônico pode se submeter a um transplante desde que apresente algumas condições clínicas como: suportar uma cirurgia com duração de quatro a seis horas; não ter lesões em outros órgãos que impeçam o transplante, como cirrose, câncer ou acidentes vasculares. Um dado importante a enfatizar é uma pessoa que está na fila de espera por um rim tem que se submeter a um tratamento de hemodiálise até que encontre um doador compatível”, destaca Thadeu Silva.
O paciente, Vanderly Ferreira da Silva, 21, que foi transplantado em dezembro de 2010, recebeu o rim de um doador falecido e comentou sobre o que ele classifica como a sua maior conquista.
“Sem dúvida alguma foi uma benção de Deus poder realizar o transplante de rim aqui na minha cidade. Há quase dois anos eu fazia o tratamento de hemodiálise três vezes por semana, no Centro de Nefrologia do Hospital das Clinicas e estava ansioso para poder sair da terapia. Recebi a notícia de que podia realizar o transplante em Rio Branco e foi tudo muito rápido. Passei por uma avaliação médica e realizei a cirurgia em dezembro do ano passado, quando recebi o órgão de uma adolescente que entrou em óbito por causa de um AVC (Acidente Vascular Cerebral)”, afirma Vanderly.