Acre não suspende volta as aulas por causa do vírus Influenza A

Em encontro de secretários de saúde em Brasília, Osvaldo Leal garante doses do medicamento e afirma que atenção está redobrada na fronteira

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Secretário de Saúde está em Brasília e garante monitoramento da doença no Acre (Foto: Sérgio Vale/Arquivo Secom)

Ao contrário de alguns estados do Sul e Sudeste do Brasil, o início do segundo semestre da rede pública de ensino não será suspenso por causa da gripe A (H1N1) no Acre. O diretor de Ensino da secretaria estadual de Educação, Josenir Calixto, confirma que as aulas serão retomadas normalmente na próxima segunda-feira, 3 de agosto, porque a Secretaria de Saúde confirmou não haver a circulação do vírus da gripe de pessoa para pessoa no estado. 

Calixto ressalta que diretores e coordenadores de escola serão capacitados por profissionais da saúde para detectar e monitorar casos suspeitos da gripe. "Na primeira suspeita, as escolas vão estar atentas e repassar as informações para a secretaria de saúde, que agirá prontamente", explica Calixto.

O secretário de saúde, Osvaldo Leal, que participa em Brasília da sétima Reunião Extraordinária de secretários de saúde conta que os ministérios da saúde e educação delegaram aos estados essa decisão. "No Acre, como na maioria dos estados do norte e nordeste, não há a presença sustentada do vírus, ou seja, não há transmissão de pessoa para pessoa. Por isso não há porque suspender o reinício do segundo semestre, como fez, por exemplo, São Paulo", esclarece Osvaldo Leal.

O secretário confirmou que na próxima semana, o Acre vai receber mais 300 doses de Tamiflu, o medicamento indicado para o combate a gripe A (H1 N1). Dos quarenta tratamentos recebidos pelo Estado (vinte adultos e vinte infantis) foram utilizados apenas seis (quatro adultos e dois infantis), cinco tratamentos foram utilizados em pacientes com sintomas de gripe complicada e um tratamento foi utilizado em uma paciente que posteriormente teve a confirmação laboratorial da doença. Ela contraiu a doença na Bolívia e se tratou no Estado. Dos 21 casos suspeitos até o momento, quatorze foram descartados (exames negativos), um foi confirmado para influenza A(H1N1), dois para Influenza sazonal (gripe comum) e quatro aguardam o resultado do exame laboratorial, que é feito no Instituto Adolfo Lutz, no Estado de São Paulo. Nenhum outro caso foi confirmado depois deste.

A informação do envio do medicamento foi dada pelo secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Gerson Penna, que esteve na sétima reunião ordinária do Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde, em Brasília.

Atenção nas fronteiras

Equipes das vigilâncias sanitárias municipal, estadual e federal, além de homens do exército reforçam a vigilância nas cidades de Brasileia, Epitaciolândia, Assis Brasil e Plácido de Castro, que fazem fronteira com o Peru e a Bolívia. Os visitantes recebem orientações sobre a doença e preenchem a Declaração de Saúde do Viajante, com dados sobre os lugares por onde passaram e deixam telefones e endereços para contato em caso de necessidade. "Estamos cuidando das fronteiras, temos medicamentos à disposição e vamos aumentar o estoque. No Acre, o verão leva as pessoas a procurarem espaços abertos por causa do calor. Temos sim que ficar atentos, mas não há motivos que nos levem a orientar a Secretaria de Estado de Educação e Secretarias Municipais de Educação no sentido de retardar o reinício das aulas em agosto", conclui Osvaldo Leal.

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