Acre mostra desenvolvimento com inclusão social na Rio+20

Todos querem tirar uma foto ao lado do busto de Chico Mendes no estande do Acre, no Espaço Amazônia, na Conferência das Nações Unidades sobre Desenvolvimento Sustentável (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

Todos querem tirar uma foto ao lado do busto de Chico Mendes no estande do Acre, no Espaço Amazônia, na Conferência das Nações Unidades sobre Desenvolvimento Sustentável (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

Todos querem tirar uma foto ao lado do busto de Chico Mendes no estande do Acre, no Espaço Amazônia, na Conferência das Nações Unidades sobre Desenvolvimento Sustentável. A castanha-do-brasil, que os visitantes quebram e comem na hora, também faz sucesso. Sabonetes produzidos com óleos da floresta, preservativos fabricados com látex de seringueiras nativas, o manejo florestal… Muitos são os atrativos que chamam a atenção, atraem os olhares. Mas a bagagem que o Acre trouxe para apresentar na Rio+20 vai muito além de produtos florestais.

O ator Victor Fasano também passou pelo estande do Acre na Rio+20 (Foto: Cedida)

O ator Victor Fasano também passou pelo estande do Acre na Rio+20 (Foto: Cedida)

É a política ambiental consolidada que o Estado construiu ao longo dos últimos 13 anos que faz o Acre merecer o respeito e o reconhecimento mundiais. E essa política é uma herança dos sonhos, dos ideais e das lutas que foram a razão da vida de Chico Mendes, líder seringueiro assassinado enquanto defendia a floresta amazônica.

Os Estados da Amazônia se reuniram para ganhar visibilidade no Parque dos Atletas, local que concentra os pavilhões e estandes de Estados, nações e instituições ligadas ao meio ambiente. Pelo estande acreano passaram personalidades como o ator Victor Fasano, o ex-ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, e o governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin. Fasano elogiou o trabalho acreano. Já o que chamou atenção do ex-ministro do Meio Ambiente foram os jogos ambientais, brincadeiras que criadas pelo Acre para divulgar, de forma didática e atrativa, o Zoneamento Ecológico-Econômico.

Também passam, todos os dias, estudantes, professores, mães interessadas em descobrir como ensinar sobre sustentabilidade aos filhos, curiosos e interessados de todos os tipos.

O Estande do estado do Acre recebe centenas de visitantes na Rio+20 (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

O estande do Acre recebe centenas de visitantes na Rio+20 (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

O que o Acre tem para mostrar

“O nosso modelo de desenvolvimento sustentável é com inclusão social, substituindo o modelo tradicional por tecnologia com melhoramento do solo, redução do movimento pecuário expansivo e trocando por distribuição de renda, preservação dos valores socioambientais na Amazônia”, disse o governador do Acre, Tião Viana.

Nos últimos cinco anos o Acre tem registrado as menores taxas de desmatamento alcançadas desde 1989. O Produto Interno Bruto (PIB) foi o que mais cresceu na última década (hoje é  de 7,38%). Dos 164 mil quilômetros quadrados que formam seu território, 87% estão cobertos por florestas e 47% de todas as terras fazem parte de áreas protegidas. O Zoneamento Ecológico-Econômico foi o primeiro a ser aprovado no Brasil, sancionado pela Casa Civil da Presidência da República em 2008.

“Nós tivemos primeiro o cuidado de estudar nosso território, de descobrir potencialidades, mapear a ação do homem e apontar o que cada região poderia nos oferecer. E fizemos isso de forma participativa, com as populações tradicionais. Agora estamos no momento de fazer as intervenções tecnológicas para garantir o nosso desenvolvimento”, disse o governador Tião Viana.

O Estado conseguiu manter o desmatamento sob controle e hoje apresenta uma das menores taxas da Amazônia, segundo dados do Instituto de Pesquisa Espacial (Inpe). Ao mesmo tempo, a área de manejo das florestas triplicou e hoje 95% da madeira consumida no Estado é oriunda de planos de manejo.

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