Acre firma parceria junto à XPRIZE com o objetivo de fomentar o ambiente de desenvolvimento de tecnologias voltadas à conservação

O governo do Acre, por meio da Secretaria do Meio Ambiente (Sema), firmou uma parceria com a XPRIZE Foundation, nesta quinta-feira, 4, em Manaus (AM), com o objetivo de fomentar o ambiente de desenvolvimento de tecnologias voltadas à conservação, a partir da participação das comunidades.

Parceria foi firmada nesta quinta-feira, 4. Foto: Saline Sena/Sema

A assinatura, que ocorreu durante a etapa final da competição XPRIZE Rainforest Florestas Tropicais – que tem entre seus objetivos o incentivo a ações que colaborem para fortalecer as ações de sustentabilidade ambiental e de enfrentamento às mudanças climáticas – foi realizada pela secretária do Meio Ambiente, Julie Messias, e também pelo secretário de Meio Ambiente do Amazonas, Eduardo Taveira, junto à diretoria da organização e pelo vice-presidente executivo de Biodiversidade e Conservação da XPRIZE, Peter Houlihan.

Na oportunidade, a gestora participou de um painel onde foram debatidas alternativas de desenvolvimento de novas tecnologias para a conservação da biodiversidade, e apresentou as políticas públicas do Estado, como é feito o acompanhamento dos eventos extremos no estado, por meio do Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (Cigma) da Sema, e a divulgação das informações que ajudam na tomada de decisões dos órgãos frente aos eventos extremos.

“O desenvolvimento de novas tecnologias para a conservação da biodiversidade é o objetivo da XPRIZE. Estamos aqui neste evento que une desenvolvedores de vários países que competem e buscam a tecnologia mais eficiente para o monitoramento da biodiversidade a partir da integração da ciência com o conhecimento tradicional. Seremos parceiros nessa iniciativa, trazendo para o Acre inovação e capacitação para a equipe da Sema”, afirmou a secretária do Meio Ambiente.

A gestora ressaltou, ainda, que ações como essas são importantes no sentido de unir os povos na proteção das florestas e sua sociobiodiversidade. “Os esforços do XPRIZE Rainforest mostram uma união global entre a comunidade de cientistas que atuam com novas tecnologias para conservar as florestas tropicais e, principalmente, os povos que nelas vivem”, complementou.

Na oportunidade, a gestora participou de um painel onde foram debatidas alternativas de desenvolvimento de novas tecnologias para a conservação da biodiversidade e apresentou as políticas públicas do Estado. Foto: Saline Sena/Sema

O vice-presidente executivo de Biodiversidade e Conservação da XPRIZE, Peter Houlihan, falou da relevância de trabalhar junto ao Estado do Acre. “Trabalhar em cooperação com o Acre, um estado avançado em políticas públicas voltadas à preservação, conservação e restauração dos recursos naturais, é importante para a XPRIZE, que busca conciliar tecnologia, conhecimento científico e tradicional para o monitoramento da biodiversidade. E o Acre é uma das regiões mais biodiversas da Amazônia. Estamos animados com essa parceria”, disse.

A XPRIZE Rainforest ocorre há cinco anos, objetivando estimular equipes de pesquisadores e cientistas a desenvolverem tecnologias para a avaliação da biodiversidade, com foco no melhoramento e compreensão dos ecossistemas das florestas tropicais no mundo.

“A tecnologia permite uma abordagem mais integrada e colaborativa entre cientistas, comunidades locais e autoridades, promovendo uma gestão mais eficaz e sustentável da Amazônia. Ao investir em tecnologias de monitoramento, não apenas protegemos a biodiversidade, mas também garantimos que as gerações futuras possam desfrutar dos benefícios ambientais e econômicos proporcionados por essa vasta floresta”, acrescentou a gestora de projeto da XPRIZE, Michele Siqueira.

Justino D´Angona, gerente sênior de parcerias de Impacto da XPRIZE, Michele Siqueira, gestora de projeto da XPRIZE, Peter Houlihan, vice-presidente executivo de Biodiversidade e Conservação da XPRIZE, e a secretária Julie Messias. Foto: Saline Sena/Sema

A etapa final reúne seis equipes do Brasil, Suíça, Estados Unidos e Espanha. O evento é realizado pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e pela XPRIZE Foundation, com financiamento do Instituto Alana – organização filantrópica que foca no investimento para a obtenção de inovação por meio de pesquisa e tecnologia. Dentre os concorrentes vai sair a equipe vencedora que vai receber a quantia de US$10 milhões. A competição já dura quatro anos e chegou a envolver 300 grupos de cientistas de 70 países.

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