Com objetivo de aumentar a detecção da sífilis congênita (passada da mãe para o bebê) no início do pré-natal, encaminhando a paciente para o tratamento com penicilina, o Ministério da Saúde (MS) lançou na última quinta-feira, 20, uma ação de combate à doença.
Uma carta, assumindo o compromisso de estabelecer ações estratégicas para redução da sífilis congênita no país, com prazo previsto de um ano, foi assinada pelo MS e 19 associações e conselhos de saúde, é será coordenada pelo Departamento Nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST/Aids) e Hepatites Virais.
Além do incentivo ao pré-natal ainda no primeiro trimestre da gestação e da administração da penicilina benzatina, a campanha prevê uma ampliação do diagnóstico da doença e do tratamento para a gestante e o parceiro. A educação permanente para qualificação dos gestores e profissionais da saúde também faz parte das ações previstas.
A detecção da sífilis é feita por meio de testes rápidos disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). Devido a isso, o MS aumentou em mais de quatro vezes a quantidade de testes distribuídos a estados e municípios, passando de 1,1 milhão em 2001 para 6,1 milhões de testes em 2015.
Sífilis no Acre
De acordo com os dados do MS, o Acre é o 5º estado com o maior índice de sífilis na gestação com 18,3 pessoas a cada grupo de mil pessoas (1,83%) que é o equivalente a 803 casos de 2014 a 2016. A média nacional é de 11,2%. Em contraponto, a taxa da sífilis congênita é de 4%, equivalente a 224 casos, ficando abaixo da média nacional que é de 6,5%.
O numero de casos de sífilis em adultos no Acre também está abaixo da média nacional, são 15 infectados para cada 100 mil habitantes. A média nacional é 42,7 pessoas infectadas para cada 100 mil habitantes.
De acordo com Nelson Guedes, responsável pela coordenação de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST/Aids) e Hepatites Virais, da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), a doença aumentou muito em todo o país e por isso as ações serão intensificadas em todos os Estados.
“Fazemos um trabalho contínuo de conscientização, informando sobre os riscos dessa doença e a importância do diagnóstico, ainda nos primeiros meses da gestação, para evitar que o bebê seja infectado. O diagnóstico é feito a partir de um simples exame de sangue e o tratamento à base de antibiótico”, pontuou Nelson.