De acordo com o Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), do INPE/OBT (Instituto de Pesquisas Espaciais), o Acre continua se mantendo como o segundo estado da Amazônia que menos desmatou no período compreendido entre agosto de 2013 a janeiro deste ano, com 36 Km2, índice superior apenas ao Estado de Tocantins, que derrubou 25 Km2 de floresta. (veja o gráfico abaixo)
Os desmates no Acre se devem principalmente a polígonos com menos de um hectare para a agricultura familiar que, em conjunto, compuseram 36 km2 desmatados. Neste sentido, com a implantação do CAR – Cadastro Ambiental Rural, já em andamento no Acre, aliada às políticas de controle ao desmatamento e desenvolvimento de uma produção sustentável, esta tendência promete se tornar ainda menor.
Segundo o Ministério do Meio Ambiente, o desmatamento na Amazônia caiu 19% no último semestre, com 1.162,5 km2. No semestre anterior (agosto 2012 a janeiro de 2013) foram desmatados 1.427 Km2 na Amazônia Legal.
O Deter se utiliza de informações coletadas por satélites que servem para gerar alertas sobre áreas devastadas, apontando a tendência do desmatamento numa determinada região, cujos dados precisam ser confirmados por fiscalização em terra. O índice oficial de desmatamento adotado no país é fornecido pelo Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal (Prodes), que trabalha com imagens de maior resolução espacial, com uma avaliação mais completa em julho deste ano (Veja a tabela abaixo).
Segundo Vera Reis, Assessora Técnica da Sema, o resultado do Deter de agosto de 2012 a janeiro de 2013 (que apontaram 4km de desmatamento) não reflete a realidade do estado, considerando a excessiva cobertura de nuvens nas imagens analisadas. “Isso significa que as áreas desmatadas desse período foram computadas no período seguinte, agosto 2013 a janeiro de 2014”.