Acre é o primeiro estado do país a zerar demanda reprimida de cirurgias

O governador explicou que, só em 2013, foram realizadas 15.086 cirurgias no Acre, zerando a demanda reprimida (Foto: Gleilson Miranda/Secom)
O governador explicou que, só em 2013, foram realizadas 15.086 cirurgias no Acre, zerando a demanda reprimida (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

Em coletiva de imprensa, na manhã desta segunda-feira, 30, na Casa Civil, o governador Tião Viana anunciou que o Acre é hoje o primeiro estado do Brasil a conseguir zerar todas as filas de demanda reprimida de cirurgias. Ao todo, o Sistema Público de Saúde realizou 15.086 cirurgias no estado, resultado de um trabalho intenso para que até o final desse ano, nenhum paciente passasse do tempo de espera estipulado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

“Pela primeira vez um estado brasileiro alcança a resolutividade de suas demandas reprimidas nas filas de cirurgia. Só em cirurgias ortopédicas foram R$ 30 milhões. Nós zeramos até mesmo a fila de neurocirurgia. Vocês têm ideia do que é um estado não ter mais a necessidade de realizar cirurgias de aneurisma?”, comemora o governador Tião Viana.

Só o Hospital das Clínicas (HC) realizou 6.170 cirurgias esse ano. Entre cirurgias ambulatoriais foram 2.250. O Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb) realizou 3.113 cirurgias e o Hospital Santa Juliana, parceiro do SUS, realizou 1.125 procedimentos cirúrgicos. Muitas outras cirurgias foram realizadas por meio de mutirões de especialidades.

quadro demanda de cirurgias 2013

A traumatologia ortopédica ainda é o setor que mais demanda cirurgias no Acre. “Todos os dias, sete a 11 pessoas entram no Pronto Socorro acidentadas necessitando de uma cirurgia”, explica a secretária de Saúde, Suely Melo. O alto número ainda é reflexo da violência do trânsito, mesmo com o Acre diminuindo seu número de vítimas graças às campanhas educativas e a operação Álcool Zero. Hoje, apenas 11 pessoas esperam para realizar uma cirurgia ortopédica.

Necessitados desaparecidos

“Hoje o estado pode dizer, com orgulho, ‘zeramos a nossa demanda reprimida’”, explica Lúcia Carlos (Foto: Gleilson Miranda/Secom)
“Hoje o estado pode dizer, com orgulho, ‘zeramos a nossa demanda reprimida’”, explica Lúcia Carlos (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

A responsável pelo Samu no Acre, Lúcia Carlos, conta que quando o governador Tião Viana decidiu que as filas deveriam ser zeradas de vez, mais de 5 mil telefonemas foram realizados a partir da Central de Atendimento Cirúrgico (CAC). Em seguida, mutirões de exames de pré-operatório foram feitos e os pacientes encaminhados rapidamente para os centros cirúrgicos.

Ainda assim, existem 41 pessoas que não foram devidamente encaminhadas porque não foram encontradas. “Hoje o estado pode dizer, com orgulho, ‘zeramos a nossa demanda reprimida’, mas ainda existem pessoas que precisam de cirurgia e não conseguimos encontra-las devido a erros nos cadastros. Essas pessoas só precisam nos procurar e entrar em contato pelo telefone 3222-8177”, explica Lúcia Carlos.

Para 2014, o governo do Estado pretende comemorar avanços ainda maiores na saúde, como a entrega da verticalização do Huerb – que gerará um aumento de 100 vagas nos leitos do hospital –, a entrega do Instituto de Traumatologia e Ortopedia até o fim do primeiro semestre, além do novo hospital de Brasileia, que atenderá toda a região do Alto Acre e estará pronto para cirurgias de alta complexidade.

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