Acre é o primeiro estado brasileiro a aderir ao programa SERVIR-Amazonia

Serviços geoespaciais ajudarão a detectar a possibilidade de incêndios e desmatamento na região

O governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), fechou importante parceria para apoiar as ações de monitoramento do Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (Cigma).

Nesta quarta-feira, 17, será assinado o memorando de entendimento entre Sema, Aliança Internacional para a Biodiversidade (Alliance of Bioversity International) e o Centro Internacional para Agricultura Tropical (International Center for Tropical Agriculture – Ciat), com a participação da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid) e da Administração Nacional da Aeronáutica e do Espaço (Nasa).

Parceria vai apoiar as ações de monitoramento do Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (Cigma). Foto Cleiton Lopes/Secom

Esse é o primeiro convênio firmado no Brasil no âmbito do programa SERVIR-Amazonia. A parceria irá fornecer soluções por meio da utilização de dados ópticos e sensores remotos, para tornar mais eficiente o monitoramento de ecossistemas, cobertura e uso do solo, bem como de fenômenos hidroclimáticos.

Durante os próximos dois anos, as instituições se comprometem a unir esforços para prevenir e reduzir os impactos ambientais, sociais e econômicos no Acre, especificamente por meio do desenvolvimento conjunto de serviços geoespaciais, cujos dados estão abertos e disponíveis para todos.

Programa SERVIR-Amazonia

O SERVIR-Amazonia faz parte do SERVIR Global, uma iniciativa de desenvolvimento conjunto entre Nasa e Usaid. Desde 2005, o SERVIR tem trabalhado em associação com vários países ao redor do mundo para promover o uso de informações fornecidas por satélites de observação da Terra e de tecnologias geoespaciais.

Liderado pela Aliança Internacional para a Biodiversidade e pelo Ciat, o SERVIR-Amazônia é o mais recente dos cinco centros regionais onde o SERVIR opera. É um programa de cinco anos (2018-2023) que reúne o conhecimento local e o melhor da ciência em tecnologia geoespacial e observação de planetas.

O projeto trabalha em conjunto com uma rede de parceiros locais e internacionais que atuam em prol da Amazônia, a exemplo do Grupo de Informática Espacial (SIG), Conservação da Amazônia (Acca), Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) e Fundación EcoCiencia. O consórcio busca entender melhor as necessidades da região, desenvolver ferramentas, produtos e serviços que permitam aos países que compõem a bacia amazônica melhorar a tomada de decisões e incorporar nelas, de forma mais adequada, a voz das mulheres e dos povos nativos.

Sobre as instituições

A Aliança Internacional para a Biodiversidade e o Ciat, criados a partir de 1º de janeiro de 2020, fornecem soluções científicas que abordam as crises globais de desnutrição, mudanças climáticas, perda de biodiversidade e degradação ambiental.

A Alliance se concentra no eixo da agricultura, nutrição e meio ambiente. Trabalha com parceiros locais, nacionais e multinacionais na África, Ásia, América Latina e Caribe, e com os setores público, privado e da sociedade civil. Com colaborações inovadoras, a Alliance gera evidências e integra inovações para transformar sistemas alimentares e paisagens para sustentar o planeta, impulsionar a prosperidade e nutrir as pessoas em meio a uma crise climática.

A Alliance faz parte do Cgiar, o maior consórcio mundial em pesquisa e inovação agrícola para um futuro sem fome, dedicado a reduzir a pobreza, contribuir para a segurança alimentar e nutricional e melhorar os recursos naturais.

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