O secretário de Justiça e Segurança Pública do Acre, Paulo Cézar Santos, recebeu em seu gabinete, autoridades policiais do país vizinho, Bolívia, onde firmaram uma parceria a fim de fortalecer a segurança na fronteira e diminuir os índices de criminalidade naquela região.
“Nós já temos algumas ações definidas no reconhecimento conjunto para a atuação futura do Grupamento Especializado em Fronteiras (Gefron), de forma coordenada com as forças policiais bolivianas naquela região, para o enfrentamento contra os crimes de roubos de veículos, tráfico de drogas entre outros”, explicou Paulo Cézar.
Com o trabalho integrado das forças de segurança na região de fronteira, o Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen) é o responsável pelo compartilhamento de dados de presos de bolivianos no estado. “Em contrapartida tem os dados também dos presos brasileiros no país vizinho, tendo em vista que existe um trabalho articulado a partir do crime organizado, por isso o intuito é cruzar essas informações e usar como ferramenta de combate ao crime”, disse o presidente Lucas Gomes.
De acordo com o coordenador do Arco Norte da CGFRON/SEOPI/MJPS, Maurício Pinheiro, o diferencial desta operação é que as instituições de segurança, tanto bolivianas quanto brasileiras, irão trabalhar de forma integrada nas etapas de planejamento, análise de dados e enfrentamento ao crime, o que irá otimizar ainda mais as ações policiais.
“Essa é uma nova proposta de realmente unir os órgãos de segurança, tanto estaduais quanto federais, que propiciem uma metodologia de trabalho mais concreta na região de fronteira, o enfrentamento direto com operações permanentes ao longo do ano”, completou.
Para o inspetor geral da FELCN da Polícia Boliviana, Edwin Perez, o trabalho em conjunto com a polícia brasileira só tende a melhorar e otimizar ainda mais as ações policiais nas fronteiras. “A ideia é ter o máximo de conhecimento das estradas clandestinas, dos caminhos usados para o tráfico de drogas e roubos de veículos, e com isso neutralizar essas ações criminosas”, finalizou.