A União Europeia (UE) ampliou de nove para 23 o número de estados no Brasil que podem fornecer carne bovina para a fabricação de produtos industrializados (carne enlatada) de exportação.
O Acre é um desses estados, devido, principalmente, ao reconhecimento sanitário de 11 anos livre da febre aftosa, um esforço do governo do Estado, certificado internacionalmente pela Organização Mundial de Sanidade Animal (OIE).
Somente em 2015, o Brasil exportou 104,4 mil toneladas de carne industrializada, gerando 633,58 milhões de dólares em receita.
Segundo a Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio (SRI), a decisão da União Europeia é importante devido ao aumento de fornecedores brasileiros de matéria-prima para a exportação desse tipo de produto.
O Instituto de Defesa Agropecuária (Idaf) informa que no Acre o número atual de cabeças de gado é de 2,9 milhões. A carne acreana abastece o mercado interno, mas é vendida principalmente para o Centro-Sul, além do Nordeste.
Jean Carlos da Silva, técnico do Idaf, revela que a conquista acreana é motivo de comemoração. “A União Europeia reconhece assim o avanço do estado sanitário do Brasil em relação à febre aftosa. Isso significa que nossos frigoríficos vão poder comercializar com as empresas que industrializam carne enlatada e exportam para a Europa. É mais uma oportunidade de negócio para o Acre e o fortalecimento da cadeia da pecuária”, disse.
Autorizados a exportar
Até a recente ampliação da UE, os estados autorizados eram São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e Espírito Santo.
Agora também fazem parte da lista Distrito Federal, Acre, Rondônia, Pará, Tocantins, Maranhão, Piauí, Bahia, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Sergipe.
Os produtores dessas unidades da Federação podem vender a carne bovina in natura para as 77 indústrias brasileiras habilitadas a exportar o produto enlatado aos países da União Europeia.
