O governo do Estado do Acre alcançou, em 2025, um marco histórico na consolidação de suas políticas públicas culturais com a aprovação do Plano Estadual de Cultura (PEC) pelo Conselho Estadual de Cultura do Acre (Concultura), com apoio da Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM). O documento estabelece diretrizes, metas, ações e estratégias de longo prazo para o desenvolvimento da cultura no estado, alinhando planejamento, participação social e execução de políticas estruturantes.

Paralelamente à execução de políticas nacionais de fomento, como a Lei Paulo Gustavo, a Política Nacional Aldir Blanc e o Fundo Estadual de Cultura (Funcultura), a FEM ampliou sua atuação na organização de grandes eventos culturais que integram o calendário oficial da capital, a exemplo do Arraial Cultural, do Carnaval Cultural e das programações de Natal e da Virada de Ano. As iniciativas contribuíram para a dinamização da economia criativa e para a ampliação da visibilidade dos artistas locais.

Entre os destaques de 2025 está a realização do Festival Estadual da Canção (FEC), com etapas realizadas em Rio Branco, Brasileia e Cruzeiro do Sul, culminando na grande final na capital. O festival reafirmou a proposta de ampliar a visibilidade de novos talentos e fortalecer a cena musical acreana.

Outra retomada significativa foi a do Festival Varadouro, que voltou a ser realizado após 15 anos, reunindo artistas de diversos segmentos por três dias no Atlético Clube Juventus. O projeto foi financiado pela Política Nacional Aldir Blanc, por meio da Fundação de Cultura Elias Mansour e do governo do Estado do Acre, com realização da Eita Pau Produções e do Comitê Chico Mendes.

Além da forte presença de artistas locais, o festival contou com a participação de bandas e artistas de outros estados da Região Norte — Amapá, Amazonas, Pará e Rondônia —, além de atrações nacionais e internacionais, como Donatinho, Tulipa Ruiz e a banda peruana Rua Nexo Combo.
Para o presidente da FEM, Minoru Kinpara, 2025 representou o cumprimento dos pilares fundamentais da gestão cultural. “Conseguimos ampliar o alcance das nossas ações com escuta, execução e entrega. Nosso principal compromisso sempre foi garantir que os recursos públicos destinados à cultura chegassem, de fato, na ponta, aos artistas, coletivos, grupos, mestres e agentes culturais de todo o Acre”, afirmou.

Somente com a Política Nacional Aldir Blanc – Ciclo 1, o Estado do Acre executou R$ 17,9 milhões, alcançando um dos melhores desempenhos do país. O resultado garantiu, inclusive, a habilitação do estado para os ciclos seguintes da política, consolidando o Acre como referência nacional em capacidade de execução, planejamento e aplicação de recursos culturais.

No âmbito da Lei Paulo Gustavo, os investimentos foram ainda mais expressivos. Apenas os recursos executados pelo governo estadual somaram aproximadamente R$ 24 milhões, com forte foco no audiovisual, mas alcançando também diversas linguagens artísticas e culturais. Os investimentos fortaleceram cadeias produtivas, geraram trabalho e renda e ampliaram o acesso ao fomento cultural em todo o território acreano.

Somam-se a esses valores cerca de R$ 8 milhões executados por meio do Fundo Estadual de Cultura, aplicados majoritariamente em fomento e premiações. Ao todo, mais de R$ 50 milhões foram investidos na cultura acreana em 2025, com mais de 95% dos recursos destinados diretamente ao fomento e à premiação cultural — o maior investimento direto da história do setor no estado.

O volume de recursos consolidou um novo patamar para as políticas culturais, com investimentos chegando diretamente aos fazedores de cultura, fortalecendo trajetórias, reconhecendo mestres, estimulando novos talentos e promovendo a descentralização das ações.

A FEM também atuou na recuperação e no fortalecimento de espaços culturais estratégicos, como a Usina de Arte João Donato, o Teatro Barracão e o Casarão, além da reabertura da Casinha Ocupação Cultural, no bairro Mascarenhas de Moraes, totalmente revitalizada. Foram ainda entregues as reformas da Casa do Artesanato, no Parque da Maternidade, em Rio Branco, e do Museu de Sena Madureira.
“Esses espaços não são apenas prédios. São territórios de memória, criação, educação, pertencimento e cidadania cultural. A cultura precisa de recursos, mas também precisa de lugares vivos onde ela possa acontecer”, ressaltou Kinpara.

Seguindo a diretriz do governador Gladson Camelí, a gestão da FEM avalia que o Acre vive um novo momento na política cultural, marcado por planejamento, participação social, transparência e resultados concretos. O maior investimento da história da cultura acreana, segundo a instituição, não se traduz apenas em números, mas em pessoas, identidades e perspectivas de futuro.





