Acre comemora 51 anos de autonomia

Ato de assinatura da Lei nº 4.070, que elevou o Acre a Estado, em 15 de junho de 1962 pelo presidente João Goulart e o Ministro Tancredo Neves (Foto: Acervo Digital Patrimônio Histórico/FEM)

Ato de assinatura da Lei nº 4.070, que elevou o Acre a Estado, em 15 de junho de 1962 pelo presidente João Goulart e o Ministro Tancredo Neves (Foto: Acervo Digital Patrimônio Histórico/FEM)

A luta do povo acreano pela autonomia de sua gestão não começou, tão pouco chegou ao fim em 15 de junho de 1962. Uma batalha era ganha, outras iniciadas. Em 1903 o gaúcho Plácido de Castro, junto dos outros brasileiros que iniciavam a formação da gente dessa terra, vencia a “Guerra del Acre” (como era chamada na Bolívia a Revolução Acreana).

E logo em seguida, em 1904, o Tratado de Petrópolis era assinado, nascendo assim o Território Federal do Acre, dividido nos departamentos do Alto Acre, Alto Purus e Alto Juruá, e submisso economicamente e politicamente à União.

Imediatamente era iniciado o Movimento dos Autonomistas, que por quase 60 anos fez do território acreano um lugar em que a população ansiava para se gerir. Gente que estava nas cidades e nos seringais, como o senhor José Eduardo Gomes, seringueiro aposentado, que trabalhou nas estradas da borracha desde os oito anos de idade.

 José Eduardo Gomes, como muitos outros seringueiros, ajudou a construir a economia e identidade do Acre (Foto: Arison Jardim/Secom)

José Eduardo Gomes, como muitos outros seringueiros, ajudou a construir a economia e identidade do Acre (Foto: Arison Jardim/Secom)

Enquanto José e seu pai rodavam os seringais ao longo do Rio Envira, gerando renda para a União, em todo o Território, de Cruzeiro do Sul a Rio Branco, ecoavam revoltas contra a subordinação ao governo federal.

As vozes pela liberdade começaram a se intensificar em 1950, quando Guiomard Santos se elegeu deputado federal pelo Acre. Quatro anos depois começou a escrever o projeto de autonomia e sair pelas cidades e vilas esclarecendo a população.

Esse período foi de muito conversa, um exemplo disso é a criação da Casa do Estudante em 1951, que fermentou a discussão se o Acre deveria ou não se tornar Estado, e como isso se daria. Alguns desses estudantes se tornaram a primeira geração de acreanos a administrar o recém Estado, com a vitória de José Augusto, primeiro governador eleito pelo povo do Acre, em 1962.

“Esses 51 anos demonstram a afirmação da nossa identidade cultural, um modo próprio de fazer a política e economia em um estado amazônico que está no coração da América do Sul. Uma caminhada pelo desenvolvimento sustentável e humano”, disse

O Acre vive um novo momento de restruturação urbana, avanço na economia rural e industrial e com um povo que segue trabalhando (Foto: Sérgio Vale/Secom)
O Acre vive um novo momento de restruturação urbana, avanço na economia rural e industrial e com um povo que segue trabalhando (Foto: Sérgio Vale/Secom)

O Acre vive um novo momento de restruturação urbana, avanço na economia rural e industrial e com um povo que segue trabalhando (Foto: Sérgio Vale/Secom)

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