Os projetos e avanços da educação no Acre foram apresentados nesta quinta-feira, 13, pelo secretário de Educação, Cultura e Esportes (SEE), Mauro Sérgio Cruz, aos participantes do 1º Encontro Internacional de Educação Alternativa e Especial da Região Norte da Amazônia Boliviana, na cidade de Cobija, departamento de Pando, Bolívia.
O encontro realizado no auditório da Universidade Amazônica de Pando (UAP) até este sábado, 15, conta a participação de professores, estudantes e representantes de organizações sociais e indígenas do Brasil, da Bolívia e do Peru. Além do professor Mauro Cruz, também proferiram palestras o ministro da Educação da Bolívia, Roberto Aguilar, além de representante da diretoria regional de Educação do Departamento de Madre de Dios (Peru).
Por meio da palestra “Políticas educativas no Brasil: enfoques, avanços e projetos”, o secretário de Educação do Acre fez um balanço do que tem sido realizado pelo governador Gladson Cameli, destacando também os projetos que ainda deverão ser executados para melhorar a qualidade do ensino.
De acordo com ele, o enfoque da política é voltado ao aluno, ao professor e à escola em si. “Isso porque é na sala de aula onde acontece a grande transformação da educação, onde temos alunos motivos a aprender e, por isso, temos desenvolvido no Acre uma política para acolher os jovens”, disse.
Ele também abordou os mais diversos programas voltados para professores e alunos que têm a finalidade de melhorar a qualidade de ensino. Entre estes, o de saúde bucal, atendendo sobretudo estudantes da zona rural, projeto que deverá ser ampliado para o interior do estado e também o que trata da visão do aluno, o “Olhar Digital”.
Aumento da renda per capita da merenda escolar, escolas integrais, militares, contratação de mais de 8 mil professores para atender a rede, inclusive de mediadores para trabalhar com o ensino especial, foram outros enfoques abordados pelo secretário Mauro Cruz.
“Realizamos todo esse trabalho porque entendemos que a educação é um ato de liberdade e esse ato acontece exatamente dentro da escola, pela apropriação do conhecimento, integrando a saúde do professor com o trabalho motivacional ao aluno, tornando completo o trabalho em sala de aula”, afirmou.
Compartilhar as experiências educacionais também é parte importante do encontro. Na Bolívia, o governo investe 8,8% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação, sendo este o segundo maior percentual na América Latina, o que possibilitou ao país vizinho fazer com que a taxa de analfabetismo caísse para 2,3% da população com mais de 15 anos, tornando-o território livre do analfabetismo.
“É uma honra compartilhar um pouco dessas experiências com os estudantes e professores desta universidade, que é uma referência aqui em nossa região. Aprendemos com esse intercâmbio e ficamos motivados em continuar acreditando no poder transformador da educação, pois só conseguiremos avançar se a gente trabalhar unido”, frisou o secretário Mauro Cruz.