O nome da doença ainda causa receio ao ser anunciada como diagnóstico, mas você sabia que 85% das pessoas que se submetem ao tratamento da tuberculose são curadas? Para fazer parte desse índice positivo é preciso ter acesso ao diagnóstico precoce e correto, seguir as orientações dos profissionais de saúde e nunca abandonar o tratamento. O alerta é difundido mundialmente no dia de combate à doença, 24 de março, que no Acre terá ações de mobilização desenvolvidas por meio do Programa Estadual de Controle da Tuberculose da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), em parceria com os 22 municípios.
São informações simples destinadas a todos os públicos sobre o que é a tuberculose, como é transmitida, quais os principais sinais e sintomas, como é feito o diagnóstico, o tratamento e, principalmente, quais os métodos de prevenção dessa doença, que ainda mata 2,6% do total de pacientes. No Acre, 341 casos dos 383 registrados em 2011 entraram no sistema como “novos”. As demais entradas ocorreram por recidiva (22), reingresso por abandono (13) e transferência (7).
“Só em Rio Branco, 10% dos pacientes abandonaram o tratamento em 2011”, revela Elcenira Nascimento, gerente do programa de controle da doença da Sesacre. Ela afirma que, apesar de todas as medidas tomadas para o combate à tuberculose e dos avanços no tratamento supervisionado, muitas pessoas ainda são acometidas pela doença no Acre. Parte desse avanço é causada pela transmissão de pacientes que não seguem o tratamento até o fim.
Considerado simples, o tratamento da doença tem duração média de seis meses e está disponível gratuitamente nas unidades básicas de saúde. Se seguido à risca, pode garantir cura em 100% dos casos. Depois de duas ou três semanas desde seu início, o paciente já sente melhoria nas suas condições de saúde. As tosses e febres cessam, a pessoa volta a ganhar peso e esse é o momento em que grande parte dos pacientes abandona os medicamentos. “É preciso segui-lo até o fim. O abandono deixa a pessoa mais frágil e ainda corre o risco de transmitir a doença para outras”, afirma Elcenira.
A pesquisa bacteriológica feita por meio do exame de escarro é o método mais eficaz para o diagnóstico e controle do tratamento da doença, uma vez que permite a identificação da fonte de transmissão da infecção, a pulmonar bacilífera, considerada a mais importante do ponto de vista epidemiológico. No Brasil, a vacina BCG, distribuída aos recém-nascidos, é usada na prevenção.