Acidentes de trânsito sem vítimas têm maior incidência às segundas-feiras

A Assessoria de Análise Criminal da Polícia Militar apresentou ao Departamento Estadual de Trânsito (Detran) dados que revelam a frequência dos acidentes de trânsito por dia da semana em Rio Branco, no ano de 2012. O objetivo é gerar informações para que os órgãos ligados ao trânsito e a segurança pública busquem ferramentas na elaboração de ações de prevenção a acidentes.

O Acre fechou 2012 com uma frota aproximada de 189 mil veículos, dos quais 129 mil estavam circulando nas ruas da capital. Diante desse número, é necessário que as autoridades compreendam as características dos eventos relacionados ao trânsito. Dessa forma, o relatório apresentado expõe a realidade dos acidentes, em especial o perfil das partes envolvidas, do local e do horário.

Colisão sem vítimas é o fator que mais chama a atenção. Os números aumentam na segunda-feira, baixam na terça-feira, voltam a se elevar às quartas e quintas e caem a partir de sexta-feira. Segundo o diretor de operações do Detran, Ítalo César, existe uma explicação para isso. “Nas segundas-feiras, talvez por conta do fim de semana, os condutores costumam se atrasar para o trabalho ou para deixar seus filhos nas escolas. Para compensar esse atraso, eles imprimem maior velocidade e isso ocasiona mais acidentes com pequenas colisões. Em 2012 computamos 656 acidentes”, explica Ítalo.

“Na terça-feira, os números caem um pouco – 593. No entanto, voltam a se elevar na quarta-feira, dia de futebol na televisão – 620 -, e permanecem praticamente iguais nas quintas e sextas, com 619 e 599, respectivamente. Esses são dias de happy hour. Já no sábado, o número é de 483 e no domingo temos uma queda significativa – 347. Creditamos isso às nossas operações de Álcool Zero, que se intensificam aos fins de semana”, detalha Sawana Carvalho, diretora-geral do Detran.

O relatório apresenta ainda os acidentes de trânsito sem vítimas em relação ao horário das ocorrências. “Verificamos dois períodos críticos: das 11 horas ao meio-dia e de 17 às 18 horas. Os dois pontos representam mais de 27% das ocorrências. Imputamos esses números ao horário de almoço e de fim de expediente, quando as pessoas tendem a se apressar”, frisa a diretora.

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