A ação de inclusão e bem-estar reunindo serviços de atendimento em saúde e emissão de documentos para Pessoas com Deficiência (PCD), coordenada pela Federação Acreana de Basquete Cadeirante (Feabc), neste sábado, 25, na área externa do Anfiteatro da Universidade Federal do Acre (Ufac) é apoiada pelo governo do Estado. Sem desafios para esse público que apresenta algum tipo de deficiência visual, motora, mental ou auditiva, pois a organização do evento estima que nas primeiras horas da manhã já havia atendido mais de 30% do esperado.
Para garantir atendimento de qualidade a um público tão especial, foi montada uma estrutura com recreadores infantis da Fundação Garibaldi Brasil, atendimento odontológico pela Prefeitura de Rio Branco, todos os serviços ofertados pela Organização da Central de Atendimento (OCA), emissão de Carteira de Identidade e Cadastro de Pessoa Física (CPF) pela Secretaria de Segurança Pública.
Emissão de passe livre interestadual pela Agência Reguladora do Acre (Ageac). Especialidades médicas pela Secretaria Estadual de Saúde, com atendimentos necessários a esse público específico, tais como, neuropediatria, neurologista, psiquiatra, oftalmologista e otorrinolaringologista.
A estimativa de atendimento é para mais de 600 pessoas, contactadas por meio de 12 associações, de acordo com informações do presidente da Feabc, atleta cadeirante Frank Brito, acrescentando que a necessidade da ação se dá, em razão dos grandes desafios que representam para os PCDs terem a acessos a esses serviços no setor público.
“Falo com conhecimento de causa porque também sou PCD e vivo essa realidade. Quero agradecer a todas as instituições que aceitaram a parceria, sobretudo o Governo e vamos lutar para que o poder público inclua essa ação no calendário anual”, pontuou Brito.
A professora Adilene Jucá, 44 anos, mãe de Renan Jucá, 13 anos, que tem paralisia cerebral que o torna totalmente dependente, disse ter se deslocado cedo de casa, no bairro Boa União para assegurar que o filho fosse atendido em todas as especialidades que estivesse necessitando.
“Muito bem pensada essa ação juntando todas as instituições num só lugar, com serviços que muitas vezes, nós familiares levamos meses pra conseguir”, contatou Jucá.
A estudante de Farmácia, Jaíne Pereira de Araújo, 27 anos, moradora do bairro Nova Esperança, mãe da pequena Isabel Araújo, 7 anos, tem encefalopatia do desenvolvimento tipo dois, mesmo com todas as dificuldades de estar com a criança o tempo inteiro no colo, se deslocou cedo de casa para atualizar todas as necessidades de especialidades médicas da criança.
“É preciso aproveitar uma oferta de atendimento tão importante e completa como essa, sem tempo a perder por ser de extrema importância para minha filha”, reconheceu Jaíne Pereira.