Solenidade de posse no Teatro Plácido de Castro contará com a exposição do renomado artista plástico Rodolfo Bader Filho
Na comemoração do Dia Internacional da Educação, a Academia Acreana de Letras (AAL) empossa cinco novos membros em cerimônia que acontece nesta quinta-feira, 28, às 20 horas, no Teatro Plácido de Castro. A solenidade contará com a exposição do renomado artista plástico Rodolfo Bader Filho. O evento conta com o apoio do governo do Estado, através da Fundação de Cultura Elias Mansour.
Glória Perez, Francisco Gregório Filho, Edson Ferreira de Carvalho, Moisés Diniz e Margarete Edul Prado Souza Lopes são os novos imortais da Academia Acreana de Letras, composta de 40 cadeiras, cada uma delas sob patronato, nos seus 74 anos de existência.
Os novos membros ocuparão as cadeiras de Geraldo Mesquita (10), Luiz Cláudio Castro e Costa (17), Francisco de Oliveira Conde (23), Fernando de Castela (25) e Josué Fernandes (32). Para o presidente da Academia Acreana de Letras, professor Clodomir Monteiro, o evento é de suma importância tanto para a entidade como para a sociedade acreana.
“É um momento ímpar para a Academia, por inovar e recompor seu quadro com esses novos membros. Além disso, celebramos a oportunidade de manter viva a chama do conhecimento e da tradição nesses 74 anos de existência da entidade”, disse.
Novos membros da AAL
Glória Maria Ferrante Perez – A escritora nasceu e viveu no Acre até os 16 anos. O pai, escritor e ministro de Justiça, Miguel Jerônymo Ferrante, e a família mudaram-se para Brasília, depois São Paulo e Rio de Janeiro. Cursou Direito e Filosofia na UnB, bacharelado e Mestrado em História (UFRJ). Começou a carreira de autora em 1979, no seriado ‘Malu Mulher’, da TV Globo. Sucessos no Brasil e exterior, ela recebeu nos Estados Unidos, do FBI e do DEA, prêmios pela campanha para auxiliar os dependentes químicos, enfocados na novela ‘O Clone’. Em: ‘Carmem’, de 1987, escreveu sobre Aids. Em ‘Barriga de Aluguel’, de 1990, tratou sobre a troca de bebês em maternidades.
Em Amazônia, de Galvez a Chico Mendes, avivou a saga acreana de se incorporar ao Brasil. Glória Perez escreveu também Partido Alto, Desejo, De Corpo e Alma, Explode Coração, Pecado Capital, América e Caminho das Índias, que ganhou o prêmio internacional Emmy, na categoria melhor novela. Glória Perez vai ocupar a Cadeira 10 como sucessora de Geraldo Gurgel de Mesquita.
Francisco Gregório Filho – Rio-branquense, formou-se em Artes Cênicas. Ator, diretor, e gestor de artes. Professor de Leitura, Teoria e Prática (PUC/RJ). Criou participou e/ou iniciou os programas nacional de incentivo à leitura, Rede de Casas de Leitura. Ministra oficinas de formação de contadores de histórias, na primeira Secretaria Municipal de Leitura no Brasil. Presidiu a Fundação Cultural do Acre. Tem Título de Notório Saber pela PUC/RJ, Condecoração de Ordem ao Mérito do Livro pela Biblioteca Nacional; Pesquisador da UNESCO / PUC/RJ do quadro da BN – MINC, foi da equipe do Paço Imperial.
Seus livros: Passagem, 2003; Dona Baratinha e Outras Histórias, 2006; Oralidade afeto e cidadania e Práticas Leitoras, 2002; Pensar a Leitura: complexidade, organizado por Eliana Yunes; Jabuti sabe ler e precisa escrever, 2006, 2007; Guardados do Coração, Grávidas histórias -Histórias de mulheres do Brasil, 1998; Arraial Alheio, 2007; Ler e Contar, contar e ler, 2008 e 2011.
Edson Ferreira de Carvalho – Nasceu em Bambuí, Minas Gerais, bacharel e mestre em Direito, respectivamente na Ufac e Universidade Federal de Santa Catarina, doutorando em Direito pela Universidade de Valência, Espanha. É pós-doutor em Direito pela Notre Dame University (USA). Graduado em Engenharia Agronômica, mestrado e doutorado em Fitotecnia na Universidade Federal de Viçosa. Master em Educação Ambiental (Espanha), especialista em Administração Universitária (Canadá) e em Direitos Humanos pela Universidade para a Paz, das Nações Unidas (Japão). Recebeu o prêmio internacional Gilles Boulet, da Inter-American Organization for Higher Education.
Foi Vice-Reitor da Ufac, fundador e diretor-presidente da Fundação Instituto da Biodiversidade e Manejo de Ecossistemas da Amazônia Ocidental. Atualmente é Professor Associado da Universidade Federal de Viçosa e do Programa de Mestrado em Direito Ambiental da Universidade Federal do Amapá. Autor de artigos científicos e livros na área de Direito, orientou e co-orientou alunos de Mestrado e Doutorado, no Brasil e no exterior.
Moisés Diniz Lima – Neto de nordestinos de Riacho do Sangue, no Ceará, e índios ashaninkas, das margens do Rio Amônia, em Cruzeiro do Sul. Moisés Diniz é oriundo da Congregação dos Irmãos Maristas, onde professou os votos temporários de pobreza, castidade e obediência. É formado em Pedagogia pela Ufac. Aprendiz da luta na cidade acreana de Tarauacá, ajudou a organizar os sindicatos de trabalhadores urbanos e extrativistas, organizações comunitárias, juvenis, indígenas, de cultura e de mulheres. Vereador, vice-prefeito de Tarauacá e agora no segundo mandato de deputado estadual, sente-se mais para a poesia que é “nossa alma. herdada dos tempos imemoriais quando o homem ainda não havia se tornado lobo do semelhante”. A política, a seu ver, é a ferramenta necessária para vencer os lobos e lutar pela felicidade humana.
Margarete Edul Prado de Souza Lopes – Nasceu em São Paulo (SP), mas foi criada desde criança em Tarauacá. Entre outros títulos e cargos: bacharela em Letras Clássicas (Rio de Janeiro), licenciada em Letras/Inglês pela (Ufac), mestra em Teoria da Literatura, Universidade Estadual de Campinas, doutora em Literatura Brasileira, Universidade Federal da Bahia. Coordenadora dos Cursos de Letras da Ufac, foi a primeira diretora do Centro de Educação, Letras e Artes, fundadora, e coordenadora em 11 anos contínuos, da Universidade Aberta da Terceira Idade.
Pesquisadora do CNPq, desde 1997, com trabalhos na área de Literatura, Gênero, Geração e Mitologia. Professora-adjunta, da Ufac, é coordenadora do Núcleo de Estudos de Gênero na Amazônia e dirige a Revista Seringal de Ideias. Publicou: artigos especializados e livros sobre as escritoras acreanas: Motivos de Mulher na Amazônia e Vozes Femininas da Floresta. E, para a UNB, o Ensino à Distância sobre História da Educação no Acre. Atualmente, orienta bolsistas de iniciação científica e do mestrado da Ufac.