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A turma estuda na escolinha de madeira chamada de Aderaldo Cordeiro Brasil, situada na Comunidade Alagado, no Ramal Jarinaua, zona rural de Rio Branco.
É nela que em uma tarde chuvosa a professora Ytawana Souza, de apenas 19 anos, leciona para seus 16 alunos do ensino fundamental. A turma é a sua primeira experiência onde está há menos de um ano lecionando.
Os alunos são moradores da comunidade e de vilarejos vizinhos da escola, que antes funcionava em outro lugar e foi construída no local com o material da antiga escola, para ficar mais próximo dos estudantes.
Da cidade para a região, o visitante gasta em média quatro horas e meia de carro, no verão. No inverno, o percurso é mais longo. Segundo Ytawana o acesso é uma das maiores dificuldades do ensino na localidade, principalmente para manter professores.
Ytawana é a única professora do local. Moradora de uma comunidade vizinha, ela conta que o primeiro motivo que a fez seguir a carreira foi porque viu que a comunidade necessitava de alguém que fosse da localidade ou próxima a ela.
“Estudei a minha vida toda na zona rural e sei o quanto é ruim quando não vem professor, a gente chega a atrasar até seis meses, e não queria que essas crianças passassem pelo que passei, porque a escola é a única esperança de futuro que elas têm”, conta.
A professora ainda não tem formação de nível superior e explica que o segundo motivo foi por ver na profissão uma oportunidade de ingressar no mercado de trabalho. “Aqui é muito difícil arrumar um emprego, porque não tem, só na agricultura mesmo, daí quando surgiu essa vaga resolvi arriscar”, conta.[/vc_column_text][vc_video link=”https://youtu.be/gRQKn2Z_ets”][/vc_column][/vc_row][vc_row full_width=”stretch_row” full_height=”yes” parallax=”content-moving” parallax_image=”305007″ parallax_speed_bg=”1″ css=”.vc_custom_1508049015342{background-color: #ffffff !important;}”][vc_column][/vc_column][/vc_row][vc_row css=”.vc_custom_1506730863499{background-color: #ffffff !important;}”][vc_column][vc_column_text]
Dificuldades
A escola é uma das 50 escolas rurais que serão reconstruídas. Mas, por enquanto, a sala de aula ainda é simples, de madeira, e com pouca infraestrutura, mas Ytawana conta que tem o essencial para ensinar. “Não temos muita estrutura física, mas temos o mais importante, a vontade de aprender dos nossos alunos e o professor, né?! Acho que isso é mais valioso que uma escola com tecnologia onde os alunos não querem saber de nada e o professor está lá só por estar”, enfatiza.
Otimista, Ytawana conta que a maior dificuldade é no deslocamento tanto dela quanto dos alunos no período do inverno amazônico. “Da minha casa pra cá [escola] eu gasto meia hora de moto quando o ramal tá seco, mas quando chove só dá pra vir a cavalo que dá uma hora e meia, e a pé demora muito mais”, diz.
Ainda de acordo com a professora, quando as chuvas ficam muito fortes é necessário interromper as aulas, porque como o próprio nome diz o ramal fica inundado. “Hoje, aqui, por exemplo, estou dando o contraturno, porque com as chuvas as aulas atrasaram e os alunos não podem sair prejudicados”, conta.
Indagada se compensa os sacrifícios para lecionar na zona rural, ela responde com um sorriso tímido. “Com certeza, só em ver eles aprendendo a ler e a escrever vejo que todas as dificuldades valem a pena, não tenho a menor dúvida”, diz olhando para a turma como se tivesse orgulhosa de seus pupilos. “Às vezes, eu até penso em desistir, mas quando vejo eles chegando aqui com uma a alegria sem tamanho, não tenho coragem e esqueço tudo”, afirma Ytawana.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row full_width=”stretch_row” full_height=”yes” parallax=”content-moving” parallax_image=”305016″ parallax_speed_bg=”1″ css=”.vc_custom_1508087459392{background-color: #ffffff !important;}”][vc_column][/vc_column][/vc_row][vc_row css=”.vc_custom_1506730863499{background-color: #ffffff !important;}”][vc_column][/vc_column][vc_column_text]
Influência
A pequena Adriana Uchoa de 10 anos, é uma dessas estudantes que enche a sala de esperança. Carismática e curiosa ela conta que adora a tutora e que também quer seguir a mesma profissão. “Quando eu crescer eu vou ser professora, porque eu quero ensinar os meus irmãos a ler e escrever como eu”, diz.
Se Adriana se tornar professora como sua mestre, ela terá alunos não só em casa, mas quem sabe, na própria escola onde estuda, já que segundo Leandro Ciqueira, coordenador de zoneamento rural a instituição será umas das 50 da zona rural que serão reconstruídas.
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