A música invade a Usina de Arte

Com oficina de percussão, apresentação musical do trio Victor Somma e um novo piano, chega o grande momento musical do FestUsina

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Oficina de Percussão aberta à comunidade é ministrada pelo música Gilberto Campello (Fotos: Val Fernandes/FEM)

A Usina de Arte, a maior escola integrada de artes do estado do Acre, continua no mês de outubro com o Festival Usina de Arte de Teatro e Música. Vários grupos vêm se apresentando e ministrando oficinas para alunos e a comunidade em geral. E agora é o grande momento da música, com a oficina de percussão de Gilberto Campello, além da apresentação do Trio Victor Somma nesse final de semana, que também inaugura a mais nova aquisição da Usina de Arte: um novo piano Yamaha.

Oficina de Percussão – Aberta à comunidade, a Usina de Arte ofereceu de 11 a 16 de outubro uma Oficina de Percussão com o músico Gilberto Campello, que também compõe o Trio Victor Somma. De graça, as inscrições seguiam o mesmo padrão da maioria das atividades desenvolvidas pela Usina de Arte, aberta para qualquer pessoa interessada e dedicada a aprender música, com idade mínima de 16 anos.

Percussão é o nome dado a uma família de instru­mentos que são normalmente toca­dos batendo, raspando, agitando, sacudindo. "Além disso, o balançar do corpo ajuda no ritmo", conta Gilberto Campello. O músico adaptou uma maneira indiana de ensinar música, através de sílabas, e leva a técnica por onde passa. Bastante mesclada, a oficina passa para os alunos tanto a teoria como a prática. "Não acredito que ensinar música seja na teoria, tem que fazer tocar mesmo", explica Gilberto.

O músico tem cerca de 20 anos de profissão e já tocou em diversas bandas, como Grupo Sa Grama que compôs músicas para o filme O Auto da Compadecida. Também já participou da composição das trilhas sonoras das novelas Caminho das Índias e Araguaia. Já tocou com João Donato e estudou no Instituto de Artes de Havana, em Cuba.

Em sua segunda visita ao Acre, Gilberto Campello revela: "Sou muito fã do Acre, vir foi uma grata surpresa e a Usina de Arte foi um achado, um local de encontro das artes". O músico admira bastante a cena musical acreana, citando Seu Antonio Pedro, violeiro da terra, que conheceu e o influenciou bastante.

Trio Victor Somma

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Trio Victor Somma se apresenta neste fim de semana na Usina de Arte (Foto: Divulgação)

O Trio Victor Somma, que se apresenta nos dias 16 e 17 na Usina de Arte, a partir das 20 horas, é formado pelo compositor e flautista Victor Somma, a pianista Delia Fischer e o percussionista Gilberto Campello. O trio já nasceu com uma sonoridade própria. O ecletismo dos seus integrantes faz com que sua música não conheça limites, passando em poucos compassos da contemplação ao carnaval.

O repertório incorpora as referências pessoais de seus integrantes, o que cria empatia com a plateia, levada em conduzida a uma jornada por diversos tempos e lugares distantes através das inúmeras imagens contidas na sua música. Música criativa seria uma possível maneira de denominar este trabalho. O espetáculo tem ingressos a preços populares de R$ 5 inteira e R$ 2,50 meia.

Novo piano, novas possibilidades

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Roberto Bürgel, coordenador do curso de música da Usina de Arte, apresenta novo piano de cauda (Foto: Val Fernandes/FEM)

O show do Trio Victor Somma também marca um novo momento na Usina de Arte. A pianista Delia Fischer, integrante do grupo, irá estrear para o público a nova aquisição da escola de artes, um novo piano de cauda, da marca Yamaha, da categoria C7. Com 2,27m de comprimento, 409kg e orçado no valor de R$ 98 mil, o piano tem potencial para agradar os melhores pianistas do Brasil e a vinda de orquestras.

"Um piano desses é uma verdadeira obra de arte", conta com orgulho Roberto Bürgel, coordenador do curso de música da Usina de Arte. Com suas especificações técnicas, o piano é muito mais harmônico, produz muito mais e apresenta uma circulação de ar e vibração acima de seu antecessor. Assim, o Acre entra no circuito dos grandes pianistas, pois o piano é um dos poucos instrumentos musicais que um teatro deve oferecer, devido às dificuldades de se transportar um instrumento desse porte.

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