Filme do diretor polonês Kieslowski é a primeira parte da Trilogia das Cores, inspirado nos princípios da revolução francesa
A Liberdade é Azul (Trois couleurs: Bleu – 1993, 97min) do diretor polonês Krzysztof Kieslowski é o filme do Ponto de Exibição Hélio Melo, no projeto Cinema do Mundo, nesta quinta-feira, 22, às 19 horas. O filme é a primeira parte da Trilogia das Cores, na qual o diretor Kieslowski usa como tema as cores, inspirado nos princípios da revolução francesa (Liberdade, Igualdade e Fraternidade). Os dois outros filmes que completam a trilogia são A Igualdade é Branca e A Fraternidade é Vermelha.
O filme como o próprio título indica, exalta a liberdade, o que é feito com extrema sensibilidade e com grandes atuações do elenco. Juliette Binoche está perfeita no papel de Julie Vignon, numa das maiores interpretações de sua carreira. Além da atuação de Juliette, o filme é elogiado também pela excelente fotografia em tons de azul e a direção segura de Kieslowski.
A Liberdade é Azul que recebeu três indicações ao Globo de Ouro, ganhou o Leão de Ouro no Festival de Veneza (1993) e o Cézar de Melhor Atriz (Juliette Binoche) traz uma belíssima trilha sonora Song for Unification of Europe (Concerto ou Canção para a Unificação da Europa), com inúmeras variações, que percorre toda a projeção. O modo como o filme se desenrola, as partes dramáticas acompanhadas ao som do coral da Orquestra Sinfônica e Coral da Thecoslováquia, cujas letras da melodia são extraídas – e reelaboradas – das Epístolas Paulinas (I Coríntios 13), do Hino à Caridade: "Ainda que eu falasse línguas, as dos homens e as dos anjos, seu eu não tivesse a caridade, seria como um bronze que soa…", é formidável.
A Liberdade é Azul deve ser visto, pois é uma obra maravilhosa e fortificante, que traduz de forma intensa o emaranhado de sentimentos reais.
Sinopse – Uma vida comum é alterada pela tragédia: Julie (Juliette Binoche), famosa modelo, após um trágico acidente de automóvel, perde a família: o esposo – um maestro de fama internacional – e a filha pequena. A partir daí, após uma tentativa de suicídio frustrado, Julie, experimentando a dor da perda – entre outras dores: a mãe, insana, está internada num asilo -, descobre que o ex-marido a traíra, que a amante do marido está grávida. Em meio a tudo isso, tendo por base a dura realidade, Julie volta a se interessar pela vida ao se envolver com uma obra musical inacabada do marido. Com isso, Julie sublima o sofrimento, desvia a atenção para novas coisas, aprende a contemplar o mundo por outras perspectivas.
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O que: A Liberdade é Azul
Quando: quinta-feira, 22, às 19 horas
Onde: Ponto de Exibição Hélio Melo – Theatro Hélio Melo – Av. Getúlio Vargas, s/n – Centro – Tel.: 3224-2133 – Entrada franca. O Ponto de Exibição Hélio Melo é coordenado pelo Governo do Acre, através da Fundação Elias Mansour em parceria com a ABDeC/AC.