A principal função do jornalista é informar. Isso é fato. Mas, em tempos em que as novas tecnologias ampliaram o acesso à informação, onde uma pessoa consegue consumir conteúdo na palma da mão, a forma de transmitir essas informações mudou.
Se antes o jornalista pautava, apurava e produzia sua matéria. Hoje, com a velocidade de informações circulando, tudo ficou mais corrido, prejudicando muitas vezes a qualidade da apuração de uma notícia.
Atualmente, podemos observar um fenômeno causado pelo surgimento das mídias sociais. Facebook, YouTube, Twitter, Instagram, entre tantas outras redes sociais possibilitaram a produção e a divulgação de conteúdo jornalístico por quem não é necessariamente jornalista. A informação é passada, mas muitas vezes sem a devida apuração ou sem respeitar critérios de noticiabilidade que norteiam a boa prática da profissão.
Alinhado a isso, as redações de jornais cobram do profissional a produção de materiais jornalísticos em larga escala, obrigando a acelerar e a pular etapas no processo de apuração.
Mas é importante que, em tempos em que todo mundo pode fazer jornalismo, o jornalista possua consciência da sua responsabilidade social. Ainda é (e sempre será) importante apurar os fatos, checar a notícia, ouvir mais de um lado na história e assim produzir um jornalismo de qualidade, alinhado com a velocidade que a redação exige.
O verdadeiro papel do jornalista é, e sempre será, informar, mas sempre com responsabilidade.
Aleff Lima é assessor de comunicação na Secretaria de Estado da Fazenda do Acre.