A escola vai ao Piquenique

Alunos de 9 escolas públicas de Rio Branco são levados para assistir o espetáculo teatral “Piquenique no Front”

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Peça é de autoria do autor Fernando Arrabal (Foto: Secom)

 

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Ao final do espetáculo, uma conversa entre alunos e atores (Foto: Secom)

Durante uma grande guerra, os pais de um jovem soldado sentem saudades do filho e para matar esse sentimento resolvem que o ideal seria fazer um piquenique justamente no front de batalha numa bela tarde de domingo. Parece um absurdo? Pois essa é a premissa do espetáculo teatral “Piquenique no Front”, que está com apresentações acontecendo no Teatro Plácido de Castro nos dias 17, 18 e 19 de novembro, em três sessões, às 8h, 14h e 19h30. As apresentações fazem parte do projeto A Escola Vai ao Piquenique, que leva alunos de escolas públicas ao teatro. Mas todos estão convidados e a entrada é franca.

As apresentações especiais do espetáculo acontecem para aproximadamente 1800 alunos das escolas Cebrb, José Rodrigues Leite, Adalberto Sena, Humberto Soares, Lourival Sombra, Nova Montanhês, Tancredo Neves, Armando Nogueira e João Mariano da Silva. A peça é da Cia. Visse e Versa de Ação Cênica e conta a história justamente de um bizarro e divertido piquenique em família num front de guerra, que acaba recebendo a visita inusitada de um soldado do lado inimigo que não quer mais a guerra, e membros da Cruz Vermelha que estão loucos para carregar cadáveres.

O autor de “Piquenique no Front” é Fernando Arrabal, uma das grandes referências do chamado Teatro do Absurdo. Em seu texto, ele aborda o tema “guerra” de uma forma descontraída, gerando reflexão acerca do comportamento humano, e apesar de ter sido escrito há mais de meio século, permanece muito atual. Aliado ao surrealismo, a história cria uma atmosfera onírica onde tudo pode acontecer.

Estimulando o teatro

O grande objetivo do projeto A Escola Vai ao Piquenique é possibilitar aos alunos o acesso à linguagem teatral e aos bens culturais, e demonstrar a todos esses jovens uma visão mais ampla da produção cultural local, estimulando-os a fazer parte desse crescimento cultural. Após cada espetáculo, o elenco também realiza um bate papo descontraído com o público, explicando principalmente sobre o fazer teatral. “Fazer teatro não é só atuar, é um trabalho em conjunto que vai muito além dos palcos, como iluminação, cenografia, objetos de cena e muito mais”, explica Cláudia Toledo, uma das atrizes. 

Ao todo, o projeto deseja atingir 15 escolas da rede pública de ensino, mas devido ao fim do ano letivo, apenas 9 serão contempladas esse ano, o restante ficando para o ano que vem. Lenine Alencar também ressalta que “nem todas as escolas têm essa disposição para a questão do teatro, e antes dos alunos nos aplaudirem, nós é que devemos aplaudi-los por estarem participando”. A Escola Vai ao Piquenique é uma realização da Cia. Visse e Versa, financiado pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura, com apoio da Fundação Elias Mansour.  

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