A consolidação de Los Porongas

Com o lançamento do álbum O Segundo Depois do Silêncio, a banda começa um novo ciclo

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"Novo disco traz uma nova jornada, um novo passeio repleto de loucos parceiros", relata Diogo Soares (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

Há quatro anos eles começaram uma jornada. A banda Los Porongas saiu do Acre em direção a São Paulo com um único pensamento em mente: viver da música. E conseguiram. Hoje, o vocalista Diogo Soares, o guitarrista João Eduardo, o baixista Márcio Magrão e o baterista Jorge Anzol fecham um ciclo de mudanças drásticas e momentos importantes para a carreira dessa que é a maior banda acreana de todos os tempos. Como resultado desse processo, Los Porongas lançam neste sábado, 15, a partir das 20 horas, seu segundo e tão aguardado álbum, O Segundo Depois do Silêncio.

“Rola saudade, rola estranhamento, rola dificuldade de começar do zero”, são as primeiras palavras de Diogo Soares ao lembrar do que foi começar essa nova jornada. E talvez “jornada” seja a melhor palavra a traduzir esse momento para o Los Porongas. “O disco traz isso, essa nova jornada, um longo passeio, loucos parceiros. Existe toda uma galera que se mudou pra São Paulo com o mesmo objetivo que o nosso, e tudo isso com a vida de cada um acontecendo.”

Mudar para São Paulo para compartilhar ainda mais seus sonhos e expandir sua música foi um desafio para os Porongas. Sair do Acre e encarar uma cidade onde tudo é tão disperso, tão grande, que parece que tem tudo, e ao mesmo tempo nada, ter que mostrar para muita gente o valor da música acreana. “Quantas vezes sentimos isso no olhar das pessoas: "’É uma banda do Acre, não deve vir coisa que preste’”, lembra Diogo. Mas eles conquistaram um espaço cada vez maior, superaram barreiras e se consolidaram. “Era extremamente possível que nesses quatro anos o Los Porongas acabasse, e nesses quatro anos nós nos fortalecemos”, afirma Jorge Anzol.

Foi um período de satisfação pessoal. De conquistas que a banda se orgulhará pelo resto da vida. Momentos como ter uma resenha do álbum ao lado da resenha do álbum do Ira na Folha de S. Paulo. De levar três estrelas e meia enquanto o álbum do Ira levou três. Ou tocar no palco do Sesc Pompeia, onde aconteceu o primeiro festival de punk do Brasil. Ainda assim, a banda relembra com carinho momentos que deram a oportunidade de matar um pouco da saudade de casa, como a apresentação no Salão Nacional de Turismo, em 2010, no estande do Acre, onde o contato com as pessoas da terra natal que estavam lá fez para eles uma imensa e emocionante diferença.

O lançamento

Muito aguardado pelo público e pela crítica, O Segundo Depois do Silêncio possui 12 faixas inéditas e conta com a participação especial de Hélio Flanders, vocalista da Vanguart, na música Mais Difícil, além de Maurício Pereira, músico, produtor musical e ex-integrante da banda Os Mulheres Negras. Já em Longo Passeio há um coro com mais de 20 amigos de São Paulo. Amigos que não compartilham somente música, mas sonhos.

Diogo aproveita para ressaltar que “a carreira é algo de vivência cada vez mais do artista e temos aqui no Acre um Estado que disponibiliza vários mecanismos para esse artista se desenvolver”. A banda vai utilizar bastante as novas mídias para divulgar seu novo álbum. Num momento em que a indústria fonográfica não vende mais tantos CDs, a internet, velha aliada do Los Porongas, fará cada vez mais parte desse trabalho de levar sua música para novos públicos, novos horizontes. A banda também fará sua turnê de lançamento por outras 15 cidades brasileiras. Mas tudo começa novamente em Rio Branco, cidade natal, local para onde eles trazem um retrato de todo esse ciclo que fecha, desse outro que se inicia, um novo diálogo, uma conversa, a passagem do tempo, o nós.
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Lançamento do álbum O Segundo Depois do Silêncio
Teatro Plácido de Castro
Dia 15 de janeiro, às 20 horas
Ingressos: um quilo de alimento não-perecível (exceto sal)
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