A ayahuasca é inteligente, diz medalhão da etnofarmacologia

(Foto: Diego Gurgel/Secom)
McKenna abordou a inteligência da ayahuasca (Foto: Diego Gurgel/Secom)

“Pensamos que possuímos a natureza, que ela existe para que a exploremos. Mas estamos destruindo seu processo, desestabilizando todos os mecanismos globais que mantêm a biosfera habitável para a vida”, afirmou o pesquisador norte-americano Dennis McKenna, numa das mesas desta quarta-feira, 18, na II Conferência Mundial da Ayahuasca, que está sendo realizada na Universidade Federal do Acre (Ufac).

Um dos medalhões da etnofarmacologia contemporânea, McKenna proferiu a palestra “A(s) mente(s) de Gaia: como a inteligência se manifesta na natureza em todos os níveis, da biosfera ao nível submolecular”.

O evento está sendo realizado no Teatro Universitário da Ufac (Foto: Diego Gurgel/Secom)
O evento está sendo realizado no Teatro Universitário da Ufac (Foto: Diego Gurgel/Secom)

O pesquisador entende que a ayahuasca é um elemento que está despertando diversas pessoas para o fato de que o caminho que a humanidade está trilhando não é sustentável.

McKenna enfatiza, ainda, a contribuição que o chá amazônico pode fazer para a cura física e espiritual: “Nosso destino, se quisermos sobreviver, é alimentar a natureza e aprender com ela como nutrir a nós mesmos e nossos semelhantes. Esta é a lição que podemos aprender com a ayahuasca, se apenas prestarmos atenção”. Ele entende que a bebida tem uma inteligência própria e funciona como um “embaixador” da comunhão entre as espécies.

Na mesma mesa, o engenheiro florestal e membro da Câmara Temática das Culturas Ayahuasqueiras de Rio Branco, Thiago Martins, abordou o tema “A ayahuasca que você toma é sustentável?”. E o investigador etnográfico Carlos Suárez explorou a questão da mercantilização do chá e a forma como é realizada, na natureza, a extração de suas plantas componentes.

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