A árdua missão de servir na Segurança Pública do Acre e conciliar o compromisso desafiador de ser mãe

A maternidade é uma viagem de amor que transforma o mundo. Como a conhecida reflexão: “quando nasce um filho, nasce uma mãe”, foi exatamente assim que a subtenente Francineide dos Santos embarcou na aventura mais desafiadora da vida dela. Super jovem, aos 20 anos, ela ficou grávida da filha mais velha, Edien Cristina, e a cada etapa da gestação vinha o medo e a vontade de educá-la da melhor forma possível.

Quando Edien Cristina tinha apenas 1 ano e oito meses de vida, a mamãe Francineide dos Santos passou no concurso da Polícia Militar e, a partir daí, essa história ganhava um novo capítulo, desde a alegria em poder contribuir com a segurança pública do Acre até a preocupação em ter que deixar a filha tão pequena aos cuidados da avó materna. As duas tiveram que se adaptar à nova rotina, dividida entre escalas, plantões e a vida familiar de mãe e filha.

“Sempre foi meu grande sonho ser mãe de uma menina. Foi bem difícil quando tive que deixar minha filha pequenininha em casa para fazer o curso de formação e, em seguida, encarar o regime de escalas. Eu me sentia culpada e, ao mesmo tempo, fui criando laços com a profissão, que exigia disciplina. A minha maior prioridade sempre foi meus quatro filhos. Por eles me transformei em uma mulher melhor no exercício da função e na vida pessoal”, disse a subtenente.

Subtenente Francineide com a filha, Edien Cristina, em um momento de afeto familiar. Foto: Dhárcules Pinheiro/Asscom Sejusp

Os anos se passaram e a Edien Cristina viu na mãe um exemplo a ser seguido. Ela também prestou concurso para a Polícia Militar e há quatro anos é soldada da PM.

“Pra mim, ela é um exemplo de determinação, força e superação. Toda vez que falo dela eu lembro disso, por sua história de luta. Além do lado profissional, ela é uma mulher admirável. Agora, como eu, também integrante da Polícia Militar, a admiro ainda mais. Tudo o que sou devo à minha mãe!”

Mãe e filha integram a Polícia Militar do Acre. Foto: Dhárcules Pinheiro/Asscom Sejusp

A subtenente Francineide dos Santos, que também é mãe de outros três filhos, se sente realizada nas várias jornadas da vida em que atua.

“Eu tenho muito orgulho da minha filha Edien Cristina. Me emociono ao falar dos meus filhos. Olho para eles e percebo que venci como profissional e como mãe. Eles são minha vida, os amo grandemente. Daqui a pouco parto para a reserva e milha filha fica na Polícia Militar como minha semente plantada”, destacou a subtenente Francineide.

A sargento da Polícia Militar, Raquiria Nascimento, é outro exemplo de força, garra e determinação. Aos 17 anos ela foi mãe solo, teve que sustentar o filho, se dedicar à carreira profissional e à maternidade.

“Foi muito difícil. Eu era a provedora do lar. Lucas era pequeno e ficava com minhas irmãs para que eu pudesse me dedicar à Polícia Militar. Ser professora (eu tinha tripla jornada) e ainda ser mãe. Hoje, olhando para trás, tenho sentimento de missão cumprida. Quando você cria um filho, educa e ele consegue a meta, fica orgulhosa, por tudo que passaram e venceram”, disse a sargento Raquiria Nascimento.

Sargento Raquiria com o filho Lucas em um momento fraternal. Foto: Dhárcules Pinheiro/Asscom Sejusp

Lucas Souza, de 27 anos, logo relata que se espelhou na mãe. Faz questão de dizer que ela é seu maior exemplo de vida. Ele está fazendo o curso de formação do Corpo de Bombeiros, é soldado, e explica que o interesse veio de berço, com a criação que recebeu de sua mãe.

“Minha mãe é uma pessoa muito especial pra mim. Ela sempre esteve comigo em todas as fases da minha vida, me ensinou sobre a importância de valorizar as chances que nos são dadas, ser uma pessoa íntegra. A criação dela fez com que eu lutasse pelos meus objetivos, me formasse e chegasse onde estou. Sempre quis ser bombeiro, e ver a disciplina e força dela me fez prosseguir, sem desanimar com as dificuldades”. ressaltou o soldado Lucas.

A mãe coruja logo se emociona com as palavras do filho, e expressa a admiração e orgulho que sente de Lucas.

Mãe arrumando o filho soldado do Corpo de Bombeiros. Foto: Dhárcules Pinheiro/Asscom Sejusp

“Meu filho é minha vida. Faria tudo novamente por ele. Eu soube dosar a quantidade correta de amor e disciplina na criação. Ver os passos do militarismo em casa foi decisivo no homem em que ele se transformou. Eu tenho um imenso orgulho. Missão mãe concluída com êxito”, disse Raquiria.

As mães da  Segurança Pública exemplificam a missão de uma jornada que não é nada fácil, mas são provas de que a maternidade realmente vale a pena.

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