Binho Marques fala sobre os investimentos nesse setor, que ele considera prioridade de governo
Os investimentos em educação são o tema do programa de rádio Dois Dedos de Prosa, com o governador, na edição desta segunda-feira, 10. Binho Marques, que foi secretário de Educação nos dois primeiros mandatos da Frente Popular – 1999 a 2005 -, garante que esse setor sempre foi prioridade de governo.
"Olhamos a educação sempre com muito carinho e prioridade. Porque o projeto do nosso governo – quando eu falo nosso governo, falo desses três governos da Frente Popular, que para mim é um só governo – não é um projeto simples. É um projeto que se preocupa com todos. A prioridade da educação não é demagogia, ela é real. Quem tem filho na escola percebe que ali o seu filho está sendo bem preparado para o futuro", afirma.
Binho Marques diz que, com os investimentos, as perspectivas de futuro dos próprios alunos mudou para melhor. "Quando eu pergunto quem vai fazer curso superior, todos levantam a mão. E não era assim. Quando nós assumimos o governo, o Acre tinha 18 mil alunos no ensino médio. Hoje eles são mais de 30 mil. Então, em alguns municípios como Porto Walter, Santa Rosa, Jordão, era impossível para o jovem se imaginar no ensino médio. No primeiro ano de governo do Jorge Viana nós levamos o ensino médio para todos os municípios", lembra.
O governador destacou ainda os investimentos para levar essa educação de qualidade também às comunidades isoladas. Hoje, segundo ele, são mais de 140 em todo o Acre, que recebem o ensino de 5ª à 8ª e agora também o ensino médio.
Sobre o padrão das escolas, Binho é enfático: "Mudaram radicalmente". Ele, que foi professor e aluno de escola pública, afirma que a realidade é outra. "As cadeiras se desmanchavam. Os professores tinham apenas um quadro e um giz. Isso parece que faz muito tempo, mas não faz tanto tempo assim. Mas a gente esquece. A gente começa a viver uma outra realidade, e já a incorpora, e não lembra como era antes. Antigamente os professores recebiam salários atrasados, não tinham livros, não havia equipamentos nas escolas, as escolas públicas pareciam verdadeiros presídios, eram cinzentas e feias. Quando eu era professor, era desesperador. Era um ambiente sujo. Hoje, o ambiente mais bonito, mais agradável, mais nobre da sociedade é a escola."
Para o governador, hoje há um padrão para as escolas públicas. "Quando nós assumimos, as escolas atendiam todos os alunos. O que nós fizemos foi especializar as escolas. E estabelecer um novo padrão de qualidade, novo padrão estético, no qual os alunos tomam gosto pela limpeza. Nesse padrão, a gente define que a escola tem que ter biblioteca, tem que ter auditório, uma quadra, dependendo do nível de aluno que ela atende. Mas o mais importante é que, dentro daquelas escolas, tem que ter uma educação de qualidade, por isso desde o começo do governo a gente dedica pelo menos 30% dos recursos para educação."
Ouça aqui o programa.