Serão 15 grupos que irão disputar a chance de representar o estado no Festival Nacional. A competição acontece durante o Festival de Cultura Caipira, no Arena da Floresta
Um arraial de verdade tem que ter comidas típicas, forró e, claro, a participação das quadrilhas. Elas alegram e colorem as festas juninas com as apresentações que misturam dança e teatro. No Acre, esta é uma tradição que ganha cada vez mais novos adeptos. A partir da próxima segunda-feira, 29, terá início a 11ª edição do Festival Estadual de Quadrilhas, que será realizada no estacionamento do Estádio Arena da Floresta durante o Arraial Cultural – Tradição, cultura popular e acreanidade.
Serão 15 grupos competidores. Há representantes de Bujari, Plácido de Castro, Brasileia, Senador Guiomard, Sena Madureira, Acrelândia e Rio Branco. De segunda à sexta-feira, três grupos se apresentam por noite. Todos serão assistidos por uma comissão de jurados que vão analisar coreografia, dança, entre outros requisitos. No sábado, 02, será feita a apuração ao vivo pela parte da manhã, no estacionamento do estádio. E no domingo, as três finalistas se apresentam novamente para o público.
O Festival é realizado pela Liga de Quadrilhas do Acre, com apoio do Governo do Estado. As primeiras colocadas ganharão prêmio em dinheiro, e a quadrilha campeã vai receber também as passagens para participar da competição nacional, que será realizada em julho, na cidade de Fortaleza.
Origens
Estudiosos afirmam que a dança de quadrilha teve origem na Inglaterra, por volta dos séculos XIII e XIV. Logo, ela se espalhou para outros países, e na França se tornou uma dança nobre, apresentada nos palácios. Rapidamente ficou conhecida em toda a Europa.
A dança chegou ao Brasil no século XIX, com a vinda da Corte Real portuguesa. Rapidamente essa dança de salão, típica da nobreza, ganhou popularidade no país. A quadrilha não só se popularizou, como dela apareceram várias derivadas no interior. Surge assim a Quadrilha Caipira. Ela é dançada tradicionalmente em homenagem aos santos juninos (Santo Antônio, São João e São Pedro) e para agradecer as boas colheitas na roça. A quadrilha é dançada por um número par de casais. No grupo existe um marcador, que orienta os casais.
Mas antes da dança, os participantes encenam o casamento matuto – uma atração à parte nas apresentações. Nele há sempre figuras tradicionais, como o noivo fujão, a noiva assanhada, o pai bravo, o padre, e tantos outros. A história do casamento é sempre contada em um tom de brincadeira. Depois de selado o matrimônio, começa a dança, como comemoração à união.