Livro infantil "A História de Chiquinho" é lançado no Acre
Num universo de tantos personagens infantis ilustrados como a turma da Mônica, Menino Maluquinho, Batman, Homem Aranha e tantos outros, por que não poderia existir um personagem ilustrado amazônico? Assim surgiu o Chiquinho, personagem infantil do livro "A História de Chiquinho", que foi lançado no Acre, nessa segunda-feira, às 9 horas, na Biblioteca da Floresta Marina Silva, na presença dos idealizadores, autoridades e público em geral.
O livro é o resultado de uma parceria entre o Instituto Chico Mendes e o cartunista Ziraldo, com texto da escritora acreana Walquiria Raizer e pesquisa da jornalista Charlene Carvalho. "Por que não criar o Chiquinho, um personagem infantil que pudesse dialogar com as crianças?", disse emocionada Elenira Mendes, filha de Chico Mendes e idealizadora do projeto. Elenira ao pensar na ideia do livro logo procurou o cartunista Ziraldo, mandando um email para ele. Já no dia seguinte, Ziraldo ligou, aceitou fazer parte do projeto e declarou total dedicação a obra.
Walquíria Raizer então foi convidada para escrever a obra e ficou bastante feliz, mesmo com todo o tamanho da sua responsabilidade, "Foi um pouco difícil, pois a história do Chico é uma história dramática e retratar a morte para uma criança não é fácil", explicou Walquíria. Ziraldo criou o personagem e supervisionou as ilustrações que foram feitas por Ferreth e Vanderlei Soares junto com todo o trabalho.
Conquistando gerações
"A História de Chiquinho" tem uma mensagem simples e poética que leva os ideais de luta de Chico Mendes para todas as crianças. Mesmo no lançamento já era possível observar meninos e meninas com os olhares presos nas páginas da obra. Chico Mendes sonhou com o futuro e nele viu os jovens lutando por um mundo melhor. Chico morreu em 1988 aos 44 anos, mas seus ideais ficaram como exemplo para uma geração e agora esta sendo passado para as próximas através de uma rica e bela história infantil.
O objetivo do Instituto Chico Mendes é que o livro esteja em todas as bibliotecas e escolas públicas do estado, chegando também no âmbito nacional. Elenira Mendes afirmou que mesmo essa sendo uma história traumática, a luta para que a juventude faça parte de uma causa humanista de preservação e sustentabilidade sempre foi o grande desejo do seu pai. "Juventude que sonha e luta como o Chico", afirmou Elenira.