Projeto prevê preparo da terra para plantio de macaxeira que irá abastecer casa de farinha
O produtor Marcos Minori encontrou na mecanização a saída para integrar culturas ao aderir ao programa de cultivo de macaxeira para abastecer a casa de farinha inaugurada em novembro de 2008 em Vila Campinas. Proprietário do Lote 1 do ramal das Chácaras ele foi o primeiro a ser beneficiado com o processo de destoca para o plantio, feito por um trator de esteira que irá retirar troncos de árvores de uma área de um hectare.
O produtor irá pagar apenas a metade das horas de trabalho da máquina. A outra parte é custeada graças a uma iniciativa do gabinete do senador Tião Viana, em parceria com o Governo do Estado por meio da Secretaria de Apoio à Produção Familiar (Seaprof ), Secretaria de Agricultura e Pecuária (Seap), Sebrae, Fundação Banco do Brasil, Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Acre (Fetacre), Embrapa e prefeitura. O projeto prevê a construção de outras três casas de farinha do município de Plácido de Castro.
“Na lavoura o que mais dificulta a produção é o custo da mão de obra. A mecanização reduz esse custo pela metade. A intenção é fazer a integração lavoura/pecuária”, comemora Minori que poderá agora diversificar as culturas de macaxeira e milho, com as criações de rebanho bovino, ovino, suíno. Ele mantém ainda açude com 2 mil peixes e é um dos participantes do Programa Balde Cheio com produção diária de 120 litros de leite para venda in natura direto ao consumidor.
Em mais 15 dias, todos os lotes do ramal das Chácaras estarão preparados para receber as mudas de macaxeira, o que deve ser feito até setembro. São 56 hectares distribuídos em 26 propriedades por onde devem passar máquinas. A mecanização prevê a utilização de outros equipamentos pesados até a colheita. O secretário de Agricultura do município de Plácido de Castro, César Lazzare, diz que o objetivo é focar as ações na produção de macaxeira, feijão, arroz, milho, amendoim, banana e na bacia leiteira.
Inimigo do fogo – Marcos Minori que antes derrubava para a formação de pastos está agora, ao participar de programas de produção oferecidos pelo Governo do Estado, fazendo o caminho inverso. Ele que se diz “inimigo do fogo” já replantou 700 mudas de espécies originais da região para recuperar a mata ciliar em volta da nascente que existe em sua propriedade. “Fazemos aceiros, não queimamos o pasto. O gasto é maior mas o serviço é ecologicamente correto’, diz.