A notícia foi dada durante encontro do governador com empresários
O capacete de segurança utilizado em obras virou indicativo de governo. Segundo estimativa levantada pela Federação das Indústrias do Acre (Fieac), serão utilizadas mais de um milhão de unidades do produto, contando apenas com os contratos acima de R$ 3 milhões e sem considerar o programa Minha Casa, Minha Vida, que vai construir mais de cinco mil casas populares no Estado.
Na gestão do governador Binho Marques, serão investidos mais de R$ 3 bilhões, e a maior parte desse investimento acontece agora, na segunda etapa do governo. São obras de infraestrutura, habitação, saneamento e espaços públicos. Dentro do projeto de governo de fazer oito anos em quatro, esta etapa, que corresponde aos dois últimos anos, vem sendo chamada de "pé no acelerador", pois restam apenas 18 meses de gestão e muitos desafios pela frente, entre eles a conclusão da BR-364, a 4ª ponte sobre o rio Acre e a ponte sobre o rio Juruá – três grandes investimentos do governo. Todos esses recursos foram assegurados com esforço conjunto da equipe de governo durante os dois primeiros anos do mandato, para que o Acre pudesse receber os maiores investimentos de sua história.
"No início do governo houve uma desaceleração de obras e muitas pessoas desacreditaram nas estimativas de investimentos que seriam feitas. Hoje nós vemos que as previsões já estão defasadas e serão superadas. Encontramos, diante desse cenário, alguns gargalos. O primeiro foi a falta de mão-de-obra qualificada, problema que está em parte solucionado com a capacitação profissional. Outra grande dificuldade era a falta de crédito para capital de giro, pois a linha de financiamento disponível era limitada a R$ 20 milhões, valor que ficou defasado diante do tamanho dos contratos", contextualizou o presidente da Fieac, João Francisco Salomão, durante reunião com empresários e governo, com a presença de Binho Marques, na noite desta quinta-feira, 4.
O primeiro problema foi amenizado com a formação de mão de-obra-para o setor da construção, projeto em parceria com a Federação das Indústrias e o Governo do Estado, que vai formar mais de 10 mil jovens até o fim do mandato. E a solução para o segundo gargalo, a limitação do crédito e a consequente falta de capital de giro para movimentar as obras, foi anunciada ontem pelo governador Binho Marques:
"Graças à união entre o Governo e a Fieac, e a sensibilidade do Banco do Brasil, conseguimos, em Brasília, aumentar o crédito de R$ 20 milhões para R$ 60 milhões. Esse estudo da Fieac, que aponta mais de 25 mil postos de trabalho, mais de três milhões de marmitex e 330 mil quilos de pregos, faz parte de uma preocupação nossa e nos ajuda a não ter surpresas com os resultados que estão planejados", comentou o governador.
O superintendente do Banco do Brasil, Edvaldo Souza, explica que, de acordo com o porte das empresas acreanas, o limite do Crédito Direto ao Fornecedor (CDF), a principal linha de crédito para o setor, era de R$ 20 milhões, o que dificultava o acesso a capital de giro para movimentar as obras de porte maior.
"Graças a empenho do governador Binho Marques, da Federação das Indústrias e da direção do Banco do Brasil, conseguimos elevar o crédito e atender a demanda dos empresários locais diante deste volume de obras. Os contratos em andamento e os que ainda serão licitados funcionam como uma segurança para o banco de que haverá quitação das dívidas, mas o empresariado acreano tem respaldo por ser adimplente e cliente do Banco do Brasil", explicou o superintendente.
Durante a reunião o governador Binho Marques falou um pouco a respeito da crise financeira mundial, que, segundo os especialistas, já está passando. O Brasil é um dos países mais bem preparados para o enfrentamento da crise e o Acre vem dando exemplo de como superar a dificuldade. O segredo, segundo Binho, é não cruzar os braços e trabalhar em dobro.
"Nos quatro primeiros meses de governo nós perdemos R$ 30 milhões, um recurso superior à ponte sobre o Rio Acre, que custa R$ 25 milhões. Isso significa 6% de queda na arrecadação do Fundo de Participação dos Estados (FPE). Só que no mesmo período o ICMS cresceu 16% e isso salvou a prefeitura junto com a compensação que o presidente Lula vem fazendo para que elas recebam o mesmo recurso do ano passado. Nossa economia demonstra nossa estabilidade em momentos de crise", destacou o governador.
A construção civil aquece toda a cadeia industrial, pois aumenta o índice de pessoas empregadas, a circulação de dinheiro no comércio e demanda insumos como uniformes, alimentação, capacetes, transporte, materiais de construção. Nos próximos meses o cenário econômico acreano será dos melhores, com todos os setores aquecidos.
{xtypo_rounded2}NÚMEROS DA INDÚSTRIA
3,5 milhões de marmitex
25 mil postos de trabalho na construção civil
330 mil quilos de prego
de pãezinhos
55 mil milheiros de tijolos
Fonte: Pesquisa FIEAC
{/xtypo_rounded2}
{xtypo_quote}As expectativas são as melhores possíveis, pois a construção civil é responsável por aquecer todos os setores da economia. Temos um desafio pela frente e sem dúvida teremos, ao final desta etapa, um Acre muito mais desenvolvido e economicamente fortalecido
Joafran Nobre Guedes, vice-presidente da Fieac e presidente do Sindicato das Indústrias de Alimentação{/xtypo_quote}
{xtypo_quote}É um cenário muito feliz, de crescimento econômico, muitos investimentos, empregos, desenvolvimento. Mas isso também traz para os empresários a responsabilidade com todas estas obras de fazer um serviço bem feito e com responsabilidade social"
João Francisco Salomão, presidente da Fieac{/xtypo_quote}
{xtypo_quote}No início do governo houve uma desaceleração das obras e investimentos pois estávamos num esforço conjunto para garantir todos estes recursos que serão empregados a partir de agora. Nesta segunda etapa da gestão teremos investimentos bem superiores ao que já empregado até aqui. Estamos na etapa "pé no acelerador" e temos o desafio de fazer muito em pouco tempo"
Binho Marques, governador do Estado do Acre{/xtypo_quote}