Cumpridores de penas alternativas participam de conferência

Opiniões e sugestões serão levadas para Conferência Nacional de Penas e Medidas Alternativas

leonardo_carvalho_foto_angela_peres.jpg

Diretor do Iapen avalia como positiva a adoção de penas alternativas (Foto: Angela Peres/Secom)

Cerca de 50 cumpridores de penas e medidas alternativas participaram da Conferência Livre, realizada no último sábado, 09, para que eles expusessem seus pontos de vista, angústias, relacionamento com o corpo técnico do sistema prisional e com a Justiça, além de sugestões para melhorar o sistema prisional. As observações serão encaminhadas para compor o texto base da Conferência Nacional de Penas e Medidas Alternativas (Conapa).

Os cumpridores de penas e medidas alternativas são infratores da lei que praticaram crimes cuja penalidade é de até quatro anos de reclusão. Por decisão do juiz, eles podem sofrer penas alternativas como o trabalho comunitário em igrejas e hospitais. "As estatísticas mostram que entre esse público a reincidência no crime não chega a 10%, enquanto no sistema prisional tradicional, com privação de liberdade, este índice chega a 70%. A idéia é evitar que o preso chegue à penitenciária e trabalhar com as penas alternativas, pois tem crimes que não deveriam levar o infrator para o presídio", disse Leonardo Carvalho, diretor do Instituto de Administração Penitenciária.

Hoje o sistema prisional tem 2.390 cumpridores de penas alternativas e deste total, 500 prestam serviços à comunidade. "A ideia da conferência é dar oportunidade para que eles apontem o que poderia melhorar no sistema em relação às penas restritivas de direitos. Queremos saber o que pensam e o que sentem e isso faz parte do novo modelo prisional que estamos construindo, bem mais humano e atuante nas causas do problema", comentou Leonardo.

Compartilhe:

WhatsApp
Facebook
Twitter