Conexão com Secretaria de Desenvolvimento Social e Secretaria Nacional de Política para as Mulheres enfoca ação além do âmbito policial
Ao desencadear operação que culminou na prisão de Francisca Mirlene Gomes dos Santos, a Lene, acusada de aliciar uma menina de 12 anos para a prostituição no vizinho estado de Rondônia, realizada sob o comando da delegada Maria Lúcia Jacoud, a Polícia Civil do Acre não tinha como foco apenas a detenção das pessoas envolvidas. Parcerias com a Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres e de Desenvolvimento para a Segurança Social (Sedess) ampliam a atuação da Polícia Civil no combate à exploração infantil e tráfico de mulheres visando o bem-estar social das vítimas desses crimes.
O trabalho minucioso de investigação envolveu o serviço de inteligência exigindo, segundo o diretor da Polícia Civil do Acre, Emilson Farias, olhar mais crítico e atento à política de proteção de crianças e adolescentes desenvolvida pelo Governo do Estado. "Não é somente entrar, olhar e prender. Nossa preocupação é também com a situação social dessas crianças, dessas pessoas. A interface estabelecida com a Sedess e a Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres garante o preenchimento desse vácuo".
O apoio da Polícia Civil do estado de Rondônia foi fundamental, segundo o diretor, para o sucesso da operação já que a região tem muitos garimpos, propícios para crimes desta natureza. O delegado Jeremias Mendes de Souza, de Rondônia, autorizou a abordagem do Grupo de Investigação e Capturas (Gic) ao local onde estava a menor e outras cinco mulheres, freqüentado por foragidos da Justiça de vários estados brasileiros. As denúncias de crimes praticados contra a criança e ao adolescente podem ser feitas de forma anônima pelo número 181, serviço gratuito disponibilizado pela Polícia Civil do Acre.