Projeto Abraçando Filhos promove momento em família para detentas

Em um momento emocionante, o reencontro com um abraço apertado, cheio de saudade, aconteceu. “É um dia inexplicável”, falou a detenta A. L. B. Ela é uma das 24 mães que cumprem pena na Unidade Penitenciária Feminina de Rio Branco, que estava presente nesta edição do projeto Abraçando Filhos. Ela, que recebeu a visita de 3 filhas, uma das quais é deficiente e não a via há quatro anos, não conseguia nem explicar o que estava sentindo e disse que a ação é de grande importância: “Tem muitas mulheres que não têm a possibilidade de ver os filhos, umas porque as famílias moram longe, outras porque não têm condições mesmo, então, esse é um projeto que trouxe muita alegria pra nós, que somos mães, e estamos privadas de liberdade”, ressaltou.

Mães privadas de liberdade reencontram filhos em ação do TJAC. Foto: Antonio Moura/Iapen

O projeto Abraçando Filhos é uma iniciativa do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), em parceria com o Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen), e tem por objetivo aproximar mães que estão dentro do sistema prisional de seus filhos, que não conseguem comparecer às visitas semanais. Esta foi a terceira edição na capital, e aconteceu nesta quinta-feira, 19.

Manhã em família foi promovida em terceira edição do projeto Abraçando Filhos, em Rio Branco. Foto: Antonio Moura/Iapen

A apenada J. S. S., mãe de uma garotinha, não via a hora de poder rever a pequena que não encontrava desde o Dia das Mães. Ela conta que não conseguiu dormir direito, pensando no momento de ver a filha: “Estava ansiosa ontem, acordei de madrugada pra ver se era de manhã. Estou muito feliz”.

O presidente do Iapen, Marcos Frank Costa, agradeceu a parceria com o TJAC por promover ações como esta: “É um projeto que fortalece o vínculo familiar e contribui para o comportamento e o cumprimento da pena dentro da unidade prisional. Como esse, temos outros projetos também que são fomentados pelo TJ. Então, agradecemos mais uma vez a parceria que o Tribunal tem com o Iapen”, reiterou.

Ação promovida pelo TJAC, em parceria com o Iapen, reaproxima mães privadas de liberdade de seus filhos. Foto: Antonio Moura/Iapen

A Desembargadora Waldirene Cordeiro, explicou que o projeto quer aproximar as famílias e promover a ressocialização dessas mães: “O momento que estão passando no sistema carcerário é uma fase de reflexão, para lembrarem que fora do sistema tem crianças, tem filhos, aguardando por esse momento, aguardando por esse abraço, aguardando por essa orientação no caminho do bem”, ressaltou.

O desembargador Francisco Djalma, supervisor do GMF ressaltou o momento especial promovido pela ação: “Esse momento me parece, e tenho certeza disso, muito especial no atendimento para as mães e para as crianças, a oportunidade de abraçarem os filhos na aproximação do Ano Novo, do Natal”.

Presentes foram entregues para as crianças durante a ação. Foto: Antonio Moura/Iapen

Durante a ação, além de um lanche oferecido para as apenadas e suas famílias, teve a entrega de panetones e presentes para as crianças.

Primeira edição do Abraçando Filhos em Cruzeiro do Sul

Primeira edição do Abraçando Filhos em Cruzeiro do Sul. Foto: Assessoria TJAC

Em Cruzeiro do Sul, mulheres que cumprem pena na Unidade Penitenciária também puderam viver a emoção de abraçar os filhos após muito tempo separados. A primeira edição do projeto Abraçando Filhos na cidade aconteceu nesta segunda-feira, 16, no Centro Cultural do Juruá.

Detentas da Unidade Penitenciária de Cruzeiro do Sul puderam reencontrar filhos por meio do projeto Abraçando Filhos. Foto: Assessoria TJAC

O presente de Natal adiantado foi possível para dez detentas que tiveram a oportunidade de passar uma tarde com seus pequenos, matar a saudade do abraço e da conexão entre mães e filhos. A apenada C. M. foi uma dessas mães que reencontrou “foi uma emoção muito grande, a minha filha principalmente, porque ela já é uma moça, eu já estava há 1 ano e 2 meses sem ver ela, quando eu vi, chorei, me emocionei. O meu bebê de 2 anos também, a saudade é sempre a mesma. Seria muito bom se acontecesse outras vezes, pra nós estar ali perto deles, abraçá-los, sentir o aconchego de mãe e filho”.

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