Técnicos de Cruzeiro do Sul participam de treinamento do programa Ativo Ambiental

Profissionais se preparam para certificar propriedades rurais e trabalhar na elaboração dos planos de desenvolvimento das unidades produtivas

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Como parte do treinamento, técnicos aprendem a manusear mapas e equipamentos como o GPS (Foto: Onofre Brito/Secom)

Começou segunda-feira e termina neste sábado, 28, em Cruzeiro do Sul, a capacitação de 30 técnicos do governo do setor produtivo para atuarem na certificação de propriedades rurais e elaboração dos planos de desenvolvimento das unidades produtivas. Durante toda a semana o curso foi essencialmente teórico e neste sábado vai acontecer a parte prática com visitas às propriedades.

A certificação das propriedades rurais é um dos programas contidos na política de valorização do ativo ambiental. Segundo o diretor de Assistência Técnica e de Extensão Agroflorestal da Seaprof, Ronei Santos de Menezes, que coordena o curso, a meta do programa é certificar duas mil propriedades até o fim do ano em todo o estado para famílias que aderiram ao programa. Até o momento, 500 famílias já receberam certificação.

No vale do Juruá já aderiram ao programa produtores dos municípios de Rodrigues Alves, Cruzeiro do Sul e Mâncio Lima. No vale do Acre aderiram produtores de Rio Branco, Brasiléia, Bujari, Porto Acre e Capixaba. Conforme explicou Ronei, o programa está atuando em princípio na zona 01 do Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE), que são as áreas com situação fundiária definida, incluídos aí os projetos de assentamento do Incra, as reservas extrativistas, os moradores das margens das BRs e na zona 2, que são as áreas de preservação permanente.

Quanto aos posseiros, ele disse que ainda está sendo estudada uma fórmula que melhor atenda os interesses das unidades produtivas. O treinamento em todo o estado envolve técnicos do IMAC, Seaprof, Secretaria de Florestas, Iteracre, IDAF. Serão cerca de 100 técnicos que no médio prazo tentarão certificar todas as propriedades do Acre. A adesão dos proprietários tem sido grande, de olho nos benefícios. Quem tiver sua propriedade certificada recebe um bônus de R$ 500,00 e pode contar com os serviços do estado como crédito, assistência técnica, compra antecipada da produção, mudas, etc.

Adesão dos produtores

O programa começou no fim do ano passado com identificação de famílias que gostariam de aderir ao programa e produzir sem agredir o meio ambiente, de maneira sustentável. Algumas famílias – conta Ronei – não têm alternativas ao desmatamento e queimadas para implantação de roçados. Assim, o Estado está colocando como alternativa um processo agroecológico de produção, em que as famílias consigam recuperar as áreas de reserva legal das propriedades e produzir de maneira sustentável.

Como explicou o diretor, o programa está sendo colocado como grande alternativa para as famílias que hoje estão com problemas de licenciamento ambiental, e querem se legalizar. No entanto ele complementa que o programa não está vinculado apenas às questões ambientais. "O programa é baseado prioritariamente na geração de renda, sem degradação da natureza, do solo, que é o grande causador do empobrecimento das famílias, pois a terra degradada não produz" disse.

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