Governo encerra programação do Setembro Verde com carreata de conscientização sobre doação de órgãos

O encerramento da campanha Setembro Verde, promovido pelo governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) e da Fundação Hospital Estadual do Acre (Fundhacre), foi marcado por uma carreata e motociata nesta sexta-feira, 27, em celebração ao Dia Nacional da Doação de Órgãos.

Programação foi encerrada em frente ao Serviço de Transplantes da Fundhacre. Foto: Gleison Luz/Fundhacre

O evento de encerramento reuniu profissionais da saúde, grupos de motoclubes, motoboys, motoristas e apoiadores em geral, com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância da doação de órgãos para salvar vidas por meio de transplantes. Com apoio do Departamento de Trânsito do Estado (Detran), a concentração ocorreu no estacionamento do estádio Arena da Floresta e a carreata percorreu a Via Chico Mendes até a Fundhacre, onde a programação continuou com sorteios de brindes e ações educativas.

Durante o percurso, os participantes enfeitaram seus veículos com balões verdes e banners, chamando a atenção para o tema da doação de órgãos. Ao chegar à Fundhacre, foi montado um estande para a distribuição de materiais informativos sobre a importância de conversar com os familiares sobre o desejo de ser doador. Profissionais de saúde ofereceram orientações sobre o processo de doação, reforçando o efeito que esse gesto pode ter na vida de pessoas que aguardam na fila por um transplante.

Ação contou com o apoio de motoclubes e grupos de motoboy. Foto: Gleison Luz/Fundhacre

O secretário de Estado de Saúde do Acre, Pedro Pascoal, reforçou que doar órgãos é um ato de generosidade. “O Estado do Acre é pioneiro na doação de órgãos. Já somos um sucesso na questão de captação, transplante. Nós temos uma equipe atuante que é referência no transplante hepático, no transplante de córneas, no transplante de rim. Habilitamos recentemente o transplante renal e estamos em fase conclusiva para o transplante de tecido ósseo, então manifeste a vontade, procure mais informações sobre o tema. Doe órgãos, um simples ato de generosidade seu pode continuar salvando vidas”, afirmou Pascoal.

A presidente da Fundhacre, Ana Beatriz Souza, destacou a importância da doação de órgãos e fez um apelo às pessoas. “O governo do Estado, por intermédio da Fundhacre, realiza um trabalho incrível salvando vidas por meio dos transplantes, seja de fígado ou de rins, e também devolvendo a qualidade de vida dos pacientes com os transplantes de córnea. O complexo Fundhacre possui toda estrutura e uma equipe qualificada, mas sem doador, não há transplantes. Por isso, reforçamos a todas as pessoas que conversem com as suas famílias acerca da doação e manifestem seu interesse em salvar vidas”, frisou.

Presidente da Fundhacre, Ana Beatriz Souza, destacou a importância da doação de órgãos. Foto: Gleison Luz/Fundhacre

A motociclista Carla Nogueira, integrante do grupo Família Motoboys Acre foi uma das participantes convidadas para o encerramento. “A gente apoiou a causa porque é muito importante que a nossa família saiba que somos doadores para poder ajudar outras famílias e outras pessoas a viverem. É uma causa muito importante e eu peço que você se conscientize, converse com a sua família e avise para todos que você tem o desejo de ser doador porque assim você vai levar esperança às pessoas que precisam”, ponderou a jovem.

Promovida pelo Ministério da Saúde, com o lema “Doação de órgãos: precisamos falar sim”, a campanha nacional Setembro Verde busca motivar o diálogo entre famílias sobre a doação de órgãos. Atualmente, o Brasil enfrenta uma taxa de recusa familiar em torno de 44%, o que mostra a necessidade de promover mais informações sobre o tema.

Durante a atividade, foram realizados sorteios de brindes aos participantes. Foto: Gleison Luz/Fundhacre

Em Rio Branco, a iniciativa foi liderada pela Central de Transplantes do Estado e pelo Serviço de Transplantes da Fundhacre, que promoveu uma programação durante toda a semana atividades como pit stops em pontos estratégicos da cidade, entrega de panfletos e ações educativas na Universidade Federal do Acre (Ufac) e no Centro Universitário Uninorte, ressaltando a doação de órgãos como um gesto de solidariedade e amor ao próximo.

A doação de órgãos é um ato que pode salvar inúmeras vidas, transformando a dor da perda em uma oportunidade de esperança para outras famílias. A conscientização e o incentivo à doação de órgãos é necessária para que cada vez mais pessoas possam dizer “sim” à vida. O governo do Acre, por meio da Sesacre e Fundhacre, por intermédio do programas de transplantes, tem trabalhado para que essa prática seja cada vez mais comum.

Equipe do Serviço de Transplantes da Fundhacre, coordenada por Valéria Monteiro. Foto: Gleison Luz/Fundhacre

Sucesso do programa de transplantes

O governo do Acre investe continuamente na área da saúde. E na Fundhacre, os transplantes seguem sendo realizados periodicamente, de acordo com a oferta de órgãos e tecidos.

Para se ter ideia do sucesso do programa, desde 2006 já foram realizados 96 transplantes renais, 331 transplantes de córnea e 92 transplantes hepáticos, totalizando 519 procedimentos do tipo, dos quais 39 transplantes de córnea e outros 12 de fígado foram realizados somente em 2024.

Além das cirurgias de transplante, os pacientes são acompanhados ao longo de sua vida pelo Serviço de Transplantes da Fundhacre, que possui ambulatório especializado no atendimento de pacientes com indicação de transplantes ou que já foram transplantados.

Para tanto, conta com uma equipe multiprofissional como enfermeiros, psicólogos, auxiliares administrativos e médicos especialistas, sendo divididos nas diferentes especialidades: oftalmologia, nefrologia, urologia, hepatologia e cirurgia do aparelho digestivo, além de um atendimento mensal com equipe de cirurgia itinerante especializada em transplantes de órgãos abdominais.

Os pacientes atendidos são oriundos de todo o Brasil, inclusive de países vizinhos, desde que estes estejam inscritos no Sistema Único de Saúde (SUS). Ao longo de sua história, a Fundhacre já atendeu pacientes de diferentes nacionalidades, como peruanos, bolivianos, entre outros.

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