Vice-governadora Mailza Assis discute melhorias na política migratória em Assis Brasil

A vice-governadora e secretária de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH), Mailza Assis, realizou nesta segunda-feira, 26, uma reunião com o prefeito de Assis Brasil, Jerry Correia, com o objetivo de discutir a situação migratória do município, devido ao fato de o estado ser uma rota de passagem e abrigar mais de 200 famílias que fixaram residência no Acre.

Durante o encontro, os líderes abordaram o fortalecimento das casas de passagem no Alto Acre e a construção de uma estrutura com melhores condições de atendimento humanizado ao migrante em Assis Brasil.

Encontro aborda as condições migratórias no município que faz fronteira com o Peru: Foto: Alexandre Lima

Mailza Assis enfatizou a importância de desenvolver um projeto que levante todas as necessidades locais, visando aprimorar o atendimento e o desenvolvimento dessa política no município. 

“Várias ações foram discutidas, como a estrutura para recebê-los, a agilidade na documentação necessária e a construção de um plano de cuidados. Esta é uma política extremamente importante e necessária no nosso estado, devido à nossa situação de fronteira e às demandas que estamos enfrentando em Assis Brasil, Brasileia, Epitaciolândia e Capixaba. Nosso objetivo é encontrar meios para que o Estado possa atender a essas necessidades”, afirmou Mailza.

Equipes de direitos humanos e assistência social estiveram presentes na ocasião. Foto: Alexandre Lima

Outro tema discutido foi a capacitação técnica no município para o uso do Sistema de Cadastro do Migrante, recentemente implementado pelo governo do Estado. Este sistema reúne dados pessoais, documentos, contatos, informações sobre acolhimento e saúde, entre outras, permitindo um acompanhamento mais eficaz dos migrantes que entram no Brasil.

O prefeito Jerry Correia destacou a necessidade de união entre os municípios da região e o governo do Estado para levar a questão migratória ao governo federal, considerando que a área funciona como um corredor migratório. 

Prefeito falou sobre necessidades do município, já que recebe grande parte de pessoas de outras nacionalidades. Foto: Alexandre Lima

“A política migratória é de responsabilidade do governo federal, mas isso não isenta os municípios de acolherem os estrangeiros. É uma política que deve ser fortemente cobrada da União, e o Acre precisa se unir nesse sentido. Saímos daqui com a certeza de que o Acre sabe cuidar bem dos imigrantes e tem as condições para tratar com dignidade e humanização aqueles que precisarem passar pelo nosso estado”, explicou Jerry.

Assis Brasil conta com dois abrigos de migrantes. Foto: Fernando Santtos/Secom

Mailza Assis também ressaltou a importância de construir um novo abrigo em Assis Brasil: 

“Seria ótimo termos um local adequado, com atendimento especializado, com entretenimento para essas pessoas, com atendimento para cada nacionalidade, e com melhores condições de humanizar esse espaço. Não apenas oferecer alimento e abrigo, mas proporcionar a essas pessoas um acolhimento digno, onde sejam bem atendidas e valorizadas como seres humanos”, explicou Mailza.

Atualmente, o Alto Acre conta com duas casas de passagem em Assis Brasil, que abrigam 37 pessoas, além de um abrigo em Brasileia, outro em Epitaciolândia, e uma casa em Rio Branco, que acolhe 64 pessoas. O tempo de permanência nesses locais é, em média, de 15 dias, podendo ser estendido conforme necessário. A maioria dos migrantes que ingressam no país são venezuelanos, com destino ao Sul do Brasil.

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