Estado do Acre declara Situação de Emergência em Saúde Pública devido à intensificação da seca e focos de incêndio

O governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), decretou nesta terça-feira, 20, situação de emergência em saúde pública em decorrência da intensificação da seca, fumaça e vulnerabilidade da população ao consumo de água imprópria. A medida, publicada no Diário Oficial do Estado, autoriza a adoção de ações emergenciais e permite que a Sesacre coordene os esforços para enfrentar a crise.

Poluição do ar tem aumentado com as queimadas. Foto: Marcus Vicentti/Secom

O decreto responde diretamente aos problemas ambientais enfrentados pelo estado nos últimos meses, como a escassez hídrica e o aumento de focos de incêndio. As condições climáticas, caracterizadas por baixos índices de precipitação, altas temperaturas e umidade relativa do ar reduzida, têm criado um ambiente propício para a proliferação de bactérias, resultando em um surto de doenças infecciosas.

“O governo está tomando todas as medidas necessárias para proteger a saúde da população”, afirmou Pedro Pascoal. Foto: Odair Leal/Sesacre

“O governo está tomando todas as medidas necessárias para proteger a saúde da população, atuando de forma integrada com diversos órgãos para mitigar os impactos dessa crise sanitária”, afirmou Pedro Pascoal, secretário de Saúde do Estado do Acre.

O decreto, válido por 180 dias, permite que a Secretaria de Estado de Saúde adote medidas administrativas urgentes. Foto: Pablo Charife/Sesacre

O decreto, válido por 180 dias, permite que a Secretaria de Estado de Saúde adote medidas administrativas urgentes, incluindo a realização de despesas necessárias para manter ou restabelecer a capacidade de resposta do poder público. As ações também serão regidas pela legislação federal aplicável, conforme previsto na Lei Federal nº 14.133/2021.

De acordo com Marcos Malveira, os cuidados que a população deve adotar para lidar com a fumaça e a baixa umidade do ar, especialmente durante a temporada de queimadas, são cruciais. Foto: Cedida.

“O Centro de Operações de Emergência em Saúde [Coes] está em alerta máximo, coordenando ações para conter o impacto das condições climáticas adversas e minimizar os danos à população” declarou Marcos Malveira, coordenador do Coes da Sesacre.

Medidas de prevenção

De acordo com Marcos Malveira, os cuidados que a população deve adotar para lidar com a fumaça e a baixa umidade do ar, especialmente durante a temporada de queimadas, são cruciais.

“Primeiramente, é importante entender que a fumaça e a baixa umidade do ar podem causar vários problemas de saúde. A fumaça contém partículas finas que podem irritar os olhos, nariz e garganta, além de agravar doenças respiratórias como asma e bronquite. Já a baixa umidade do ar pode ressecar as vias aéreas respiratórias e a pele, além de aumentar o risco de infecções respiratórias”, explicou.

Para se proteger, o coordenador do Coes recomenda as seguintes medidas:

  1. Hidratação: Beber bastante água ao longo do dia para manter o corpo hidratado e ajudar a aliviar a irritação nas vias aéreas superiores.
  2. Uso de umidificadores: Utilizar umidificadores de ar dentro de casa para aumentar a umidade do ambiente. Alternativamente, pode-se colocar bacias com água ou toalhas molhadas em locais estratégicos.
  3. Evitar atividades ao ar livre: Evitar sair de casa em dias de muita fumaça e, se necessário, utilizar máscaras que filtrem partículas finas.
  4. Cuidados alimentares: Consumir alimentos ricos em vitaminas e antioxidantes, como frutas e verduras, que ajudam a fortalecer o sistema imunológico.
  5. Higiene nasal: Realizar lavagens nasais constantes com soro fisiológico para limpar as vias aéreas respiratórias e reduzir a irritação causada pela fumaça.

Os grupos de risco, como crianças, idosos e pessoas com problemas respiratórios, devem ter cuidado redobrado. Em caso de qualquer sinal de dificuldade respiratória, é recomendável buscar atendimento médico.

“Pequenos cuidados podem fazer uma grande diferença na sua saúde e bem-estar”, concluiu Malveira.

 

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