Um estudo especial feito pelo Departamento Econômico do banco Santander e divulgado nesta quinta-feira, 15, apontou que, puxado por um incremento em todos os setores da economia, o Produto Interno Bruto (PIB) do Acre deve crescer 3% neste ano, expectativa acima do previsto para o PIB brasileiro, que deve ser de 2%. O percentual de crescimento também vai se aproximar ao da Região Norte, (3,3%), o de maior crescimento, segundo as estimativas.
Os últimos dados oficiais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para as economias estaduais foram publicados em 2021, quando o PIB acreano era de R$ 21,374 bilhões.
Para o cálculo do PIB são utilizados diversos dados. É a soma de todos os bens e serviços finais produzidos de um estado, alguns produzidos pelo IBGE, outros provenientes de fontes externas. Segundo a pesquisa, em 2025, enquanto a economia brasileira deve se expandir em 1,8%, a alta prevista para o PIB acreano também é superior: 2,9% – a Região Norte tende a ficar em 2,7%.
O coronel Ricardo Brandão, secretário de Planejamento, diz que essas estimativas de crescimento do PIB refletem o esforço do governo do Estado junto aos demais setores que impulsionam a economia do estado.
“É uma parceria em conjunto com as entidades empresariais, para desenvolver um ambiente de negócios favorável à produção de resultados de curto e médio prazo pelos investimentos públicos e privados com geração de postos de trabalho, emprego e renda para a nossa população. Os fatores positivos de melhoria de nossa economia são fruto da pactuação do governo com entidades empresariais e demais instituições públicas e privadas para assegurar a implementação do Plano de Desenvolvimento Socioeconômico e Sustentável – Agenda Acre 10 Anos”, pontuou.
Nas projeções da instituição para os acreanos, o PIB dos serviços vai avançar 3% neste ano e em 2025. De acordo com informações mais recentes do IBGE, os serviços são o segmento mais importante na economia do Acre, com peso de 83,4% do total.
“Há uma expectativa de taxas de crescimento elevadas para o setor em todos os estados da região, e o Acre está dentro deste contexto, com um recorte de positividade entre o período de 2023 a 2025 e ficando sempre acima da média nacional”, afirma Gabriel Couto, economista responsável pelo levantamento, ao lado dos economistas Henrique Danyi e Rodolfo Pavan. A previsão de alta da Região Norte é de 2,6%, em 2025, enquanto a perspectiva da média nacional, no mesmo período, é de 2%.
A indústria, que responde por 8,2% da economia do estado, também vai contribuir positivamente com o PIB acreano em 2024 e 2025, com altas previstas de 3,5% e 3%, respectivamente, calcula o Santander. Os números são acima da média do Brasil (1,4%) e abaixo da Região Norte (3,7%) neste ano.
Por fim, para o PIB agropecuário do Acre, o Santander espera um crescimento em 2024 e 2025 de 3% e 2%, respectivamente. Neste ano, a expectativa da média regional é de 2,2% e a nacional é retração de 1%. “Nesse biênio 2024-2025, o Acre deve conseguir um patamar de crescimento superior, tanto ao da Região Norte, como da média do país”, conclui Couto.