Os olhares atentos dos cerca de 70 alunos do curso Técnico de Agronegócio do Instituto Estadual de Educação Profissional e Tecnológica (Ieptec) estiveram voltados, nesta sexta-feira, 7, ao aprendizado sobre processo de produção e plantio de mudas, ofertado pelo Viveiro da Floresta, da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema).
A ação educativa mostrou os métodos de semeadura, como funciona o plantio direto e indireto de mudas, além de visitação a toda a estrutura do viveiro e casa de sombra – local onde as mudas ficam. Eles vivenciaram o plantio das espécies de açaí nativo, andiroba, jatobá e paricá.
“O Viveiro da Floresta desempenha um papel crucial mostrando aos alunos, que irão lidar com o agronegócio no futuro, como funciona a nossa produção de mudas e o reflorestamento por meio dos Sistemas Agroflorestais (SAFs). Aliar o cultivo de frutíferas e espécies nativas é uma estratégia promovida pelo governo do Acre para garantir a recomposição de áreas degradadas e recuperação ambiental, com sustentabilidade e renda para as famílias”, explica a secretária do Meio Ambiente, Julie Messias.
Para a coordenadora pedagógica do Centro de Educação Profissional e Tecnológica (Cept) Roberval Cardoso, Elen Pontes Moreira, a parceria com a Sema para realizar a atividade no Viveiro na Floresta contribui para o aprendizado dos alunos.
“A importância desta visita é ampliar o conhecimento sobre o que já abordamos em sala de aula. Eles trazem um conhecimento teórico, e chegam aqui e vêem como se dá a prática, realmente. Isso é importante para eles absorverem mais o conteúdo”, afirma.
A professora Kaline Castro destaca que o curso é voltado ao gerencial, mas mostrar a parte prática, trazendo os alunos por meio da vivência no viveiro, é essencial para a formação de profissionais melhores e mais sensíveis à sustentabilidade.
“A gente está capacitando eles para serem gerentes de empresas, que trabalham principalmente com essa pegada sustentável. Hoje trouxemos eles aqui para verem como é que faz uma produção de muda, como é que a gente faz um Sistema Agroflorestal (SAF). Eles precisam ter essa consciência sobre a conservação do meio ambiente”, destaca a professora.
Estudantes aprovam a visita
“Achei maravilhoso. Eu nunca tinha vindo aqui e já tinha ouvido falar bastante sobre o viveiro. Como foi falado nas aulas, e aqui na visita, temos que aprender a casar o agronegócio com a sustentabilidade e produzir com equilíbrio”, avalia o aluno João Vitor da Silva, que aos 17 anos cursa a 2ª série do Ensino Médio.
Já a aluna Emanuele Vitoria Conceição Barrozo, aluna do 2º ano, ressaltou que a experiência alimentou a curiosidade que ela tinha sobre o reflorestamento e outras questões ambientais, que vão além do agronegócio. A estudante falou sobre a importância do que aprendeu na visita ao Viveiro.
“Quando me falavam em agro, eu pensava em campo, mas não é só isso, envolve também as nossas florestas. Com esta visita aprendemos muitas coisas novas, que são importantes para o nosso cotidiano. Somos jovens, adolescentes, em uma época em que temos muita curiosidade sobre as coisas. Além disso, o conhecimento é algo que ninguém tira da gente”, afirmou.
Viveiro da Floresta
No Viveiro da Floresta e Biofábrica são produzidas mudas de diversas espécies nativas e frutíferas como açaí, andiroba, buriti, banana, cedro rosa, cupuaçu, eucalipto, café, ipê rosa, ipê amarelo, samaúma, sombreiro, urucum, entre outras. A capacidade de produção pode chegar a 1 milhão de mudas ao ano.
Esse montante é destinado às ações de fomento do Programa de Recuperação (PRA Acre), por meio de reflorestamento com Sistemas Agroflorestais (SAFs), atendendo também pequenos produtores rurais da agricultura familiar de maneira gratuita. As mudas são doadas para a recomposição de áreas degradadas e outras iniciativas de plantio, sempre de forma gratuita.