O governo do Estado, por meio do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf), deu início à Campanha de conscientização sobre o período de vazio sanitário da soja, que é considerada uma das principais estratégias de combate à ferrugem asiática da soja no Acre.
A região do Acre está entre a maior em produtividade por hectare do país. Por isso, o objetivo da campanha é orientar os produtores sobre a importância do cumprimento do calendário oficial de vazio sanitário, do trabalho de eliminação das plantas voluntárias e do cadastramento das áreas onde será realizado o cultivo da soja.
O vazio sanitário é o período contínuo, de no mínimo 90 dias, em que não se pode plantar e nem manter vivas plantas de soja em qualquer fase de desenvolvimento na área determinada. Esse planejamento é para manter o controle de uma possível proliferação da ferrugem asiática, fungo considerado um dos mais severos que incidem na cultura da soja, podendo causar danos na lavoura que variam de 10% a 90% da produção.
De acordo com a Portaria nº 1.111/24, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), no Acre, o produtor precisa seguir o calendário oficial do governo federal de vazio sanitário, que inicia no dia 22 de junho e vai até 20 de setembro, retornando ao plantio a partir do dia 21 de setembro a 8 de janeiro de 2025, com a nova safra 24/25.
O trabalho do Idaf é de realizar o cadastro das propriedades, fazer o georeferenciamento dos plantios, promover ações educativas com informações sobre defesa sanitária vegetal do Programa Estadual de Sanidade das Grandes Culturas, além da fiscalização do cumprimento do calendário de semeadura e do calendário do vazio sanitário da soja.
A coordenadora do Programa de Sanidade das Grandes Culturas do Idaf, Ligiane Amorim, explica que, conforme a ferrugem asiática se desenvolve, as folhas da planta de soja se tornam amarelas, secam e caem: “Cabe ao produtor identificar os primeiros sinais de ferrugens, infestações iniciais, e notificar esses casos ao Idaf, para que o órgão estude o comportamento da doença, monitorando as áreas atingidas e oriente aos produtores de prevalência da doença”.
Segundo dados oficiais do Idaf, o último registro de infestação de grandes proporções ocorreu em 2021, quando a doença causou prejuízo em aproximadamente 100 hectares de soja, ou seja, uma perda econômica significativa para o estado.
“Nosso trabalho em equipe é de produzir ações que alcancem o número máximo de produtores. Com isso, o Idaf estará promovendo, no próximo dia 29, no auditório do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural-Adm Regional do Acre (Senar), um ciclo de palestras para esclarecer o produtor sobre as medidas a serem adotadas para monitoramento e controle da praga no Acre”, ressalta Sandra Teixeira, coordenadora de Educação Sanitária do órgão.