Parceria entre Votorantim Cimentos, Fieac e Ong Beija-flor possibilita formação profissional de 50 jovens. Indústrias vão absorver toda a mão-de-obra
Desempregado há um mês, o auxiliar de obras Ehilton Lima do Nascimento espera agora a contratação como pedreiro após concluir o curso oferecido pelo Programa Futuro em Nossas Mãos. Ele e mais 49 jovens participaram nesta terça-feira, 10, da aula inaugural do curso, que aconteceu no auditório da Casa da Indústria. A formação técnica e orientação para o mercado de trabalho é fruto de um convênio entre a Votorantim Cimentos, Federação das Indústrias do Estado do Acre (Fieac), por meio do Senais e Sindicato das Indústrias da Construção Civil (Sinduscon), e a Ong Beija-Flor. A parceria foi firmada em agosto de 2008.
“Eu espero que todos os meus colegas agarrem essa oportunidade como eu estou agarrando e se dediquem ao curso até o final. Eu trabalhava como auxiliar, agora serei contratado como pedreiro e futuramente quero virar mestre-de-obras”, comentou Ehilton.
Participam do curso 50 alunos selecionados na comunidade Cidade Nova através da Ong Beija-Flor. Os critérios de seleção exigiam jovens de 18 a 29 anos, beneficiários dos programas de transferência de renda do Governo Federal e que estivessem fora do mercado de trabalho. A Votorantim Cimentos financia o curso, que é ministrado pelo Senai. Após a formação técnica toda a mão-de-obra será absorvida pelas indústrias que fazem parte do Sinduscon.
Segundo Érika Correia, coordenadora nacional do Futuro em Nossas Mãos, neste ano serão 24 turmas em 13 cidades atendidas pelo programa. “Buscamos a formação de mão-de-obra qualificada para dar oportunidade aos jovens que estão numa faixa etária tão difícil de ser inserida no mercado de trabalho. O investimento é em torno de R$ 70 mil reais por turma”.
Além da formação profissional o programa oferece ainda kit com ferramentas básicas para utilização durante o treinamento e facilitar a entrada no mercado de trabalho. O curso tem duração de 200h/aula, sendo que 160 horas são de aulas práticas e o restante de formação teórica em áreas como relacionamento, cidadania e ética.
“A demanda por mão-de-obra é muito grande na indústria e para nós é motivo de satisfação receber esses profissionais que serão treinados recebendo inclusive formação em áreas como ética e relacionamento”, disse o presidente em exercício do Sinduscom, Carlos Afonso dos Santos.
O presidente da Federação das Indústrias, João Francisco Salomão, ressaltou que o setor da construção civil é responsável por impulsionar o desenvolvimento do Estado e em 2008 atingiu o nível máximo de empregos desde que Fieac investe em pesquisa (1992), gerando dez mil postos de trabalho diretos.
“O grande diferencial deste programa é a contratação da mão-de-obra ao final do curso e as aulas práticas que serão desenvolvidas na comunidade”, comentou.