Nas últimas semanas, o estado do Acre tem enfrentado fortes chuvas que resultaram em alagamentos em diversos bairros, deixando famílias ilhadas e necessitando de resgate.
O Corpo de Bombeiros Militares do Acre (CBMAC) tem sido fundamental nesse processo, mobilizando recursos e equipamentos para realizar mais de 1.500 resgates e auxiliar os moradores afetados. Além disso, a solidariedade da comunidade tem se mostrado crucial, com voluntários se unindo aos grupos de resgate para fornecer suporte adicional às famílias desabrigadas.
As principais ocorrências registradas pelo CBMAC são de retirada de famílias das áreas afetadas, levando-as para abrigos ou casas de parentes. Além disso, muitas pessoas estão ilhadas em seus bairros. Elas não tiveram suas casas atingidas, mas se encontram incapazes de sair devido às inundações do Rio Acre ou dos igarapés. Por isso, estão sendo assistidas pelos bombeiros que realizam travessias. Ao todo, já foram realizadas mais de duas mil travessias.
Os bairros mais próximos ao rio, como Taquari, Cidade Nova, Baixada da Sobral e Aeroporto Velho foram os mais afetados, juntamente com outros 50. Muitos moradores precisaram deixar suas casas e buscar abrigo nos 13 pontos disponibilizados pela cidade, com destaque para o Parque de Exposições Wildy Viana, que se tornou o centro de acolhimento.
Segundo o capitão Luiz Alves de Melo Neto, coordenador das equipes que atuam na alagação, os bombeiros têm utilizado uma variedade de recursos e equipamentos para os resgates, incluindo caminhões disponibilizados pela prefeitura, embarcações, motores de popa e de rabeta, além de coletes salva-vidas e outros elementos de segurança. Esses recursos têm sido essenciais para garantir a integridade tanto dos moradores quanto dos próprios bombeiros durante as operações de resgate.
O principal desafio enfrentado pelos bombeiros é o risco à saúde causado pelo contato com a água poluída das inundações, com foco principal na leptospirose. Além disso, a correnteza em alguns locais torna o resgate mais difícil e perigoso, exigindo o uso de embarcações motorizadas.
O desligamento da energia elétrica também tem sido uma preocupação, visando evitar acidentes com a eletricidade em áreas alagadas.
“Ressaltamos a importância da união de todos nesse momento difícil. Os bombeiros não conseguem enfrentar sozinhos os desafios trazidos pelas chuvas e alagações, e a colaboração da comunidade é fundamental. Desde voluntários que disponibilizam suas embarcações até aqueles que doam alimentos e outros materiais, cada ajuda é valiosa”, frisa o capitão Neto.
É crucial que todas as ações sejam realizadas com segurança, visando garantir o bem-estar de todos os envolvidos e uma resposta mais eficaz às necessidades da população afetada.